A exportação de material genético de aves brasileiras atingiu o faturamento de quase US$ 150 milhões em 2021. O número é um recorde para a série histórica divulgada no relatório anual da Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa), iniciada em 2011. A publicação ocorreu na quinta-feira 5.
Esse mercado é formado por ovos de galinhas fecundados e filhotes com um dia de vida. Somando os dois itens, a quantidade embarcada ficou próxima de 16 mil toneladas — a segunda maior, conforme os registros do documento.
De acordo com os dados da Abpa, o destaque das receitas foi para o embarque dos filhotes: quase US$ 90 milhões. Mas os ovos conseguiram a liderança em peso: cerca de 15 mil toneladas.
O Senegal consumiu quase 6 mil toneladas de material genético de aves brasileiras. Desse modo, o país africano conquistou a primeira posição entre os compradores. O México aparece no segundo lugar (4 mil toneladas), seguido de Paraguai (3 mil toneladas). Juntos, os três países absorveram pouco mais de 80% dos embarques.
Paraná e São Paulo figuram como os grandes exportadores de material genético de aves brasileiras. Respectivamente, os dois Estados responderam por pouco mais de 44% e quase 43% dos embarques. Santa Catarina aparece na terceira posição (10%); na sequência estão Rio Grande do Sul (pouco acima de 1%) e Espírito Santo, menos de 1%.
O Aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo (SP), registrou a maior parte dos embarques (superando 70%). A Alfândega de Foz do Iguaçu (PR) ficou na segunda posição (próximo de 20%).
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