As exportações brasileiras de feijão bateram um recorde histórico. De acordo com o Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), entre janeiro e novembro deste ano, os embarques do produto atingiram 200 mil toneladas. Assim, o faturamento com seu comércio exterior chegou a US$ 1 bilhão.
“O Brasil exportou mais de 12 variedades diferentes”, explicou Marcelo Lüders, presidente do Ibrafe. “Tudo isso começou em 2010, quando nós da iniciativa privada começamos esse movimento.”
Lüders acredita que o crescimento das exportações do grão deve continuar, especialmente com o envolvimento da Apex-Brasil e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A produção de feijão
Segundo o dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil produziu 2,9 milhões de toneladas do item na safra 2020/21. Contudo, esse número equivale a uma queda de cerca de 11% sobre a produção do ciclo anterior (3,2 milhões). Para tanto, o plantio ocupou quase 3 milhões de hectares. A produtividade por hectare ficou em 984 quilogramas por hectare.
Já na Safra 2021/22, a Conab projeta um incremento de 9% o volume produzido, que é estimado 3,1 milhões de toneladas. A área plantada deve permanecer a mesma, entretanto há a expectativa de quase 10% de aumento na produtividade.
Cinco Estados produzem cerca de 53% de todo o feijão nacional. Deles, a Bahia aparece na primeira posição com 14,5%. Em segundo lugar, fica o paraná (13,9%). Na sequência estão Ceará (13,3%), Minas Gerais (11,1%) e Mato Grosso (8,7%).
Só não disseram quais são os maiores compradores desse feijão. Cuba? Venezuela? Nicarágua? Honduras? Países africanos? Há risco de mais calote como das outras vezes?