Com 1,4 bilhão de bocas para alimentar, a China supre a maior parte da demanda interna por soja com a produção do Brasil. Contudo, a agricultura chinesa tem aumentado a safra — e registrou colheita recorde em 2023.
Os agricultores da China colheram cerca de 20 milhões de toneladas de soja para o ano em questão. O resultado mostra um salto agrícola para os chineses — apesar de ainda manter o país com forte dependência do mercado externo.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção chinesa é quase 65% maior que a colheita de dez anos antes. A safra local de 2013 fechou em 12 milhões de toneladas.
A China, o Brasil e a soja
Em 2023, os chineses consumiram 115 milhões de toneladas desse grão, conforme atestam os dados do USDA. Por volta de 75 milhões de toneladas foram colhidas no Brasil. Assim, as lavouras brasileiras abasteceram por volta de 65% da demanda chinesa.
As duas nações mantêm uma relação de ganhos mútuos nesse mercado. A demanda da China é o grande impulso da safra de soja do Brasil — a maior entre as colheitas do planeta.
O grão é o carro-chefe do agronegócio brasileiro. É a cultura mais cultivada no país, e sua produção gera matérias-primas e insumos utilizados tanto pela pecuária quanto pela indústria.
Ele dá origem a muitos óleos e molhos para a culinária. Além de ser utilizado em indústrias, como as de alimento, higiene, biocombustíveis e automotiva, é base, por exemplo, para rações de aves e suínos. E os chineses mantêm o mais volumoso rebanho de porcos do planeta — e os brasileiros lideram o mercado mundial de carne de frango.
A soja tem ação estrogênica