O setor de máquinas e equipamentos agrícolas do Brasil deve ter queda de 10% a 15% em 2024. A previsão, preliminar, é de Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). As informações são do Canal Rural.
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Bastos afirmou, em coletiva para apresentação dos resultados de 2023, realizada na quarta-feira 31, que ainda não há um número fechado. A câmara deve se reunir na semana que vem para chegar a uma projeção oficial.
A receita interna com a venda de máquinas agrícolas caiu 23,2% em 2023, chegando a R$ 63,791 bilhões.
“Já esperávamos essa queda, mas o que notamos foi que ela veio já desde janeiro”, ressaltou Bastos. “Basicamente, o que a pressionou foi a queda nos preços das commodities e a taxa de juros, considerada cara pelo mercado, que esperava retração”, disse.
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Segundo o presidente da CSMIA, prossegue o Canal Rural, a seca foi determinante para o cenário de vendas de máquinas piorar muito em novembro e dezembro. A expectativa é para quebra de safra. Por isso, deverá ocorrer uma baixa no setor para este ano em relação a 2023.
Venda de máquinas e equipamentos agrícolas
A projeção de analistas da consultoria Safras & Mercado é de queda de 4% a 5% na produção de soja do Brasil em 2023/24. Para Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, a previsão do início de janeiro é de quebra de aproximadamente 26%.
“Se a média é essa, significa que muita gente teve queda de 30% a 40%”, observou Bastos. “Esse produtor não vai comprar máquina.” Ele acrescenta, no entanto, que “se a segunda safra de milho for boa e se tivermos um bom Plano Safra 2024/25, pode ser que a coisa melhore”.
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Em relação às vendas internas de tratores, segundo a Abimaq elas caíram 12,9% de janeiro a dezembro de 2023, na comparação como mesmo período do ano anterior. Em números absolutos, foram 61.818 unidades em 2022, contra 53.840 no ano passado.
Já a venda de colheitadeiras teve queda de 18,6% em 2023. O número foi de 8.816 unidades em 2022 para 7.178 em 2023.
Creio que a queda será maior. Quebra de safra no MT, insegurança no campo e preço das comodites agrícolas.
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