A pandemia não distanciou o agricultor brasileiro das inovações digitais. Na verdade, o caminho parece ter sido o oposto. Isso porque as startups de agronegócio, chamadas de agtechs, cresceram 40% entre 2019 e 2021 no país.
O aumento desse tipo de empresa foi debatido no encontro Agri Talks, realizado nesta quarta-feira, 23, pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), em Dubai, nos Emirados Árabes.
Francisco Jardim, fundador da agtech SP Ventures, disse no evento que criou o maior fundo de investimentos para capitalização de agtechs da América Latina, contando com mais de 40 empresas beneficiadas pelos recursos.
Entre outras iniciativas, o empresário destacou que sua companhia desenvolveu um programa de computador voltado para pequenos e médios produtores. Com o software, é possível administrar negócios com mais facilidade.
“Aquele produtor que antes geria a fazenda no caderno, agora tem um software supersofisticado, barato e fácil de usar, para tratar a fazenda como uma empresa de manufatura a céu aberto”, disse.
Celso Moretti, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, também esteve presente no evento e salientou os investimentos na ciência e na inovação, sobretudo entre a Embrapa e as agtechs.
Moretti citou algumas tecnologias em andamento no Brasil: controle biológico usando drones para liberar insetos, plataformas on-line que monitoram a qualidade da água nos tanques dos peixes, além de fazendas verticais — prática que otimiza o crescimento das plantas sem utilizar o solo — em São Paulo.
Com informações de Agência Brasil