O Instituto de Zootecnia (IZ), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), desenvolveu uma metodologia que identifica fraudes na produção de leite e derivados do tipo A2A2, composto por proteína beta-caseína A2 (indicada para pessoas com intolerância à lactose) e de búfala. A metodologia foi desenvolvida de forma inédita pelo IZ e deve ser entregue ao setor produtivo ainda este ano.
“Geadas e aquecimento verbal”, artigo publicado na Edição 72 da Revista Oeste
Para detecção das fraudes, o IZ utilizou dois métodos, o HRM (High Resolution Melting) e o rhAmp, capazes de discriminar e identificar de maneira altamente confiável a adição de leite A1A1 — responsável por produzir beta-caseína A1 e indicado para pessoas que não têm nenhum tipo de intolerância — em leite e derivados vendidos como A2A2. A tecnologia também detecta a adição de leite de vacas em leite de búfalas.
A iniciativa ajuda empresas e consumidores a garantir o consumo e a qualidade dos produtos adquiridos. O próximo passo do trabalho do IZ-Apta, que fazem parte da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é finalizar o desenvolvimento de metodologia similar para identificação de fraudes em leite de cabra.
Está havendo uma confusão entre intolerância à lactose e alergia à proteína A1A1. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Seria bom consultar um especialista no assunto. Tanto o leite A1A1, A1A2 e A2A2 possuem lactose. Então, neste, caso não cabe a indicação de A2A2 para intolerantes à lactose e sim para quem tem alergia à proteínas.