Assassinato faz Carrefour entrar na mira do Procon-SP
Órgão notifica rede por caso de ‘violência e discriminação’

Foto: Reprodução/Redes sociais
O Procon-SP quer explicações do Carrefour em relação ao assassinato de João Alberto Silveira Freitas, ocorrido na última quinta-feira, 19. Apesar de o crime ter sido consumado nas dependências de uma unidade de Porto Alegre (RS), o órgão de proteção ao consumidor paulista cobra por respostas sobre o episódio classificado como “violência e discriminação”.
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A notificação do Procon-SP foi enviada ao Carrefour no fim da tarde de ontem, segunda-feira 23. A entidade deu prazo de 72 horas para que respostas sobre a morte do cliente na capital do Rio Grande do Sul sejam dadas. Dessa forma, a rede de hipermercados terá até o início da noite da quinta-feira 26 para se posicionar de modo oficial perante o órgão.
Perguntas diretas
O Procon-SP ressalta não ter interesse em receber mera nota de lamentação. Ao notificar a empresa, listou cinco questionamentos a ser devidamente respondidos:
- Quais procedimentos administrativos foram adotados após o assassinato?
- Por que o serviço de segurança é terceirizado?
- Quais empresas de segurança prestam serviço para a rede no Estado de São Paulo?
- Quais os critérios para contratação de empresas de segurança privada?
- Como é definida a política interna de treinamento sobre direitos dos consumidores?
“O Carrefour precisa explicar como está selecionando as empresas que fazem a segurança de seus estabelecimentos, quais os critérios e o treinamento. Queremos saber por que casos de violência têm se repetido em suas lojas”, afirma o diretor-executivo do Procon-SP, Fernando Capez. Sobre a repetição de casos desse tipo, o órgão lembra de agressões ocorridas em 2009 e 2018 contra clientes da rede de hipermercados.
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