Em entrevista ao programa Opinião no Ar, exibido nesta sexta-feira, 13, pela RedeTV!, o ministro da Cidadania, João Roma, afirmou que o Auxílio Brasil — programa que substitui o Bolsa Família — tem como objetivo fazer com que os beneficiários encontrem “portas de saída” e consigam se emancipar, integrando-se à economia e aumentando a renda familiar.
“O Auxílio Brasil vai além do programa de transferência de renda que entrega uma compensação para o cidadão por se encontrar em situação de vulnerabilidade. Ele busca oferecer a essa população trilhas para que possa buscar sua emancipação”, disse Roma.
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Segundo o ministro, “o que nós queremos é ter um programa que se consolide pela emancipação das pessoas”. “Que cada vez mais os brasileiros em situação de vulnerabilidade possam alcançar o direito pleno à sua cidadania”, disse Roma.
O ministro da Cidadania destacou que se trata de uma “política pública integrada, para que possa avançar dentro da estrutura social”. Ele citou o exemplo do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade.
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“São políticas públicas como o auxílio-inclusão, assim como fizemos no BPC. No BPC, o beneficiário recebe um salário mínimo no fim do mês pela situação em que se encontra”, lembrou Roma. “Com o auxílio-inclusão, ele vai ter um benefício além do seu salário. Vai ganhar meio salário mínimo que o Estado vai ofertar. Possibilita que essa pessoa consiga galgar novos espaços na economia, na qualidade de vida e no ganho para sua renda familiar.”
Atualmente, o valor médio distribuído aos 14 milhões de beneficiários do Bolsa Família é de R$ 192. O presidente Jair Bolsonaro já disse que o benefício deve ser aumentado em, no mínimo, 50%.
Prisão de Roberto Jefferson
Durante a entrevista, João Roma também comentou a prisão preventiva do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), determinada nesta manhã pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o ministro, trata-se de um abuso que deveria ser revertido.
“Concorde-se ou não com as opiniões do Roberto Jefferson, temos que nos solidarizar e lamentar o ocorrido hoje. Defendo a segurança jurídica e o equilíbrio entre os Poderes”, afirmou Roma. “Não é utilizando esse tipo de ferramenta que você contribui para a consolidação da democracia no país. Espero que isso seja revertido o quanto antes.”
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