Prefeito disse que reabertura foi iniciada quando prevalência na capital era o dobro do que em países como Itália e Espanha, que vivem o problema

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas,afirmou, em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira, 30, que não teme uma segunda onda do coronavírus na capital paulista, ainda que a doença tenha “jogado luz sobre a desigualdade na cidade”.
“A incidência é três vezes maior na classe D do que na classe A”, lamentou.
O prefeito também disse ter solicitado ao secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, que prepare novas ações para conter a disseminação do vírus entre a população idosa, grupo de risco que, no último inquérito sorológico do município viu o índice de contaminação subir de 5% para 13,5%, a mais afetada de todas as faixas etárias.
Covas garante que a subnotificação apontada pelo levantamento — que concluiu que 1,32 milhão de paulistanos já tiveram a doença, quando os dados oficiais falam em sete vezes menos que isso — não se deu por falta de testar quem procurou atendimento na rede pública de saúde. “Infelizmente ainda não temos como fazer a testagem em massa dos 12 milhões de paulistanos”, acrescentou, colocando também que o inquérito serviu justamente para trazer uma visão mais realista sobre o vírus chinês na capital.
De acordo com o chefe do Executivo municipal, com os novos critério do Plano São Paulo será possível estimar uma data de quando a cidade irá para a fase verde.
Sobre a reabertura econômica poder trazer uma nova onda de covid-19, Bruno Covas disse não se preocupar.
“Iniciamos a retomada das atividades quando o inquérito sorológico da cidade apontava uma prevalência de 9,5%, usamos o anterior ao atual, que já fala em 11,1%”, explicou.”São números bem acima de países como França e Espanha que começaram a retomar atividade econômica com 5% da população imunizada. Aqui tínhamos o dobro disso”.
Para ele, o fato de cada setor também fiscalizar a reabertura para evitar o fechamento do comércio ajudou na manutenção de índices em queda de mortes e casos na cidade.
O número de leitos e hospitais a serem utilizados também foi outro dado usado por Covas para se mostrar tranquilo com relação ao coronavírus. Segundo ele, mesmo com a desativação do hospital de campanha do Pacaembu e de parte do hospital de campanha do Anhembi, São Paulo passou a contar com seis novos hospitais até o momento e ainda terá mais dois, a serem inaugurados em agosto.
“O difícil era no início, quando não tínhamos nem espaço, nem respiradores, nem equipe”, concluiu.
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Covas é sócio de Dória no GENOCÍDIO que fizeram em São Paulo, Capital e Estado. Quando ao particular medo de uma nova onda da Covid 19 ele e seus familiares que se tratam em hospitais caríssimos têm sim uma tranquilidade. Tranquilidade que o senhor Prefeito não dá a seus munícipes.