Lojistas paulistanos pedem aumento de horário de funcionamento

Após fim do confinamento social, Prefeitura de São Paulo permitiu funcionamento de estabelecimentos diário por quatro horas, mas resultados não vieram

Com o fim do confinamento social em São Paulo, a prefeitura da capital permitiu a lojistas de rua e a shopping centers que abrissem durante quatro horas diárias, seguindo uma série de regras de distanciamento e higiene. No entanto, mesmo com a reabertura próxima ao Dia dos Namorados, os resultados não vieram.

“Do ponto de vista do lojista, do ponto de vista financeiro, de venda, não vai fechar a conta, é impossível com quatro horas, é prejuízo na certa”, afirmou o presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Nabil Sahyoun em entrevista à CNN Brasil.

Segundo ele, a maior parte dos lojistas relatou um movimento de 20% ou 30% do que tinham antes da pandemia. “As lojas âncora tiveram um desempenho bem melhor, acima de 50%”, disse.

O assessor econômico da Fecomercio de São Paulo, Guilherme Dietze, afirma que o horário foi negociado apenas para o reinício dos negócios, mas que já há negociações para a ampliação dos períodos. “O documento da federação era uma previsão de seis horas de abertura, houve esse diálogo com a Prefeitura e chegou-se ao acordo de quatro horas”, contou. “Obviamente é pouco, mas talvez necessário, adequado para não sobrecarregarmos o transporte público nos horários de pico da manhã e da noite”.

Para Dietze, é preciso ganhar mais tempo aberto para que os negócios possam voltar a ter a rentabilidade de antes e os varejistas possam ficar mais tranquilos.

“Vamos ter uma reunião segunda-feira, uma videoconferência com o Eduardo Tuma [presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo], e depois buscar um entendimento com o prefeito [Bruno Covas] para quem sabe nessa semana que entra a gente ter uma boa notícia sobre essa questão da elasticidade do horário”, concluiu o presidente da Allshop.