Sem provas, MP arquiva investigação sobre Prevent Senior
Promotores concluíram que irregularidades na notificação foram sanadas e que não havia intenção de omitir dados
Desde o início da pandemia, a operadora de saúde Prevent Senior recebeu acusações de irregularidade em seus hospitais próprios e credenciados. Por ser um modelo de negócio voltado para o público idoso, e portanto, focado no grupo de risco para a covid-19, muitos casos de infecção por coronavírus no país foram registrados primeiro nas unidades da Prevent Senior na capital paulista.
Ainda no mês de março, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo pediu intervenção em três hospitais da operadora porque a rede teria deixado de informar casos da doença.
Cinco meses depois, o Ministério Público de São Paulo arquivou a investigação. Os promotores concluíram que irregularidades na notificação foram sanadas e que não havia intenção de omitir os dados, apenas dificuldades operacionais no início da pandemia.
Também não foram encontradas provas para culpar a rede Sancta Maggiore, administrada pelo plano, e seus dirigentes pelas contaminações ocorridas dentro dos hospitais. “Houve campanha contra nós desde o início. Todos os laudos epidemiológicos e da Vigilância Sanitária vieram favoráveis à Prevent e não provaram nada. Em doze dias, foram quatro fiscalizações e nenhum hospital da rede foi fechado”, disse o diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior.
Em nota, a Prevent Senior informa que “o arquivamento corrobora o que a empresa sempre alegou: nunca houve as irregularidades nos hospitais e serviços de atendimento alegadas por alguns membros de instituições públicas.”