A Floresta Nacional de Brasília (Flona) reabriu, nesta sexta-feira, 11, para visitação ao público. O local estava fechado por causa dos incêndios florestais que assolaram grande parte do território brasileiro. As visitas podem ocorrer das 7h às 17h.
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O parque estava desativado desde o dia 3 de setembro. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), houve um força-tarefa conjunta entre servidores, brigadistas, instituições parceiras e voluntários para a retomada das atividades.
Durante o fechamento, esses grupos controlaram as chamas, desobstruíram estradas e resgataram animais silvestres.
Segundo informações do ICMBio, ainda existem estruturas danificadas pelos incêndios na região. Entre os pontos que precisam de atenção destacam-se as Trilhas Buriti e Sucupira. O circuito de mountain bike também precisa de reestruturação.
A gestão do parque pede aos visitantes que notifiquem qualquer irregularidade. Os avisos devem ocorrer para árvores com risco de queda, por exemplo. O instituto também solicita a ajuda das pessoas na reestruturação da floresta.
No decorrer da próxima semana, está programada a revitalização das trilhas. Além disso, deve ocorrer um evento de apoio à fauna e aos Mutirões pela Vida. A ação visa ao plantio de espécies nativas do cerrado em áreas de prioridade.
Número de pessoas afetadas pelos incêndios subiu para 18,9 milhões
De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o número de pessoas atingidas pelos incêndios florestais no Brasil era de 18,9 milhões. O órgão contabilizou os casos até o dia 30 de setembro de 2024.
No período de agosto e setembro de 2024, os casos de incêndios aumentaram 286 mil por cento, quando comparado ao mesmo período de 2023. A CNM informou que 10,7 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas nesse período.
Paulo Ziulkoski, presidente do órgão, lamentou o cenário. Além disso, o executivo ressaltou a importância do governo federal em combater as queimadas ao redor do país.
“Precisamos adotar medidas estruturantes para o enfrentamento de desastres no Brasil”, afirmou Ziulkoski. “Isso passa por uma ação federativa.”