Em sua coluna publicada na Edição 60 da Revista Oeste, Dagomir Marquezi reafirma a importância do ensino – tradicional, não militante – da matemática nas escolas brasileiras. “Vivemos numa época de politização rasa, opiniões abstratas sobre tudo e considerações estéticas. Não ligamos muito para os números. Deixamos a matemática para técnicos e especialistas, encarregados de fazer com que as coisas funcionem. E voltamos para a interminável guerra de opiniões nas redes sociais”, diz.
O colunista afirma que um povo que não sabe usar uma planilha está condenado a aceitar os fatos que afetam sua sobrevivência e prosperidade sem saber como reagir.
Leia outro trecho:
“Temos um pequeno grupo muito capacitado de especialistas, alguns já trabalhando em outros países. Mas a matemática não faz parte da nossa cultura. Pior: é tratada a pauladas na educação brasileira, hoje mais preocupada em produzir intoxicação ideológica e política sindicalista do que em conviver com a realidade.
No início deste ano, a revista The Economist divulgou um novo estudo desenvolvido em conjunto pela Universidade Harvard e pelo Centro para o Desenvolvimento Global. Segundo o estudo, a riqueza de um país como um todo interfere no seu desempenho em educação de matemática e ciências tanto quanto a renda da família do estudante. Em outras palavras: quanto mais gente estuda ciências e matemática, mais o país fica rico. E, quanto mais o país fica rico, mais gente estuda ciências e matemática. O círculo é virtuoso.”
Revista Oeste
Além do artigo de Dagomir Marquezi, a Edição 60 da Revista Oeste traz reportagens especiais e textos de J. R. Guzzo, Silvio Navarro, Guilherme Fiuza, Ana Paula Henkel, Rodrigo Constantino, Ubiratan Jorge Iorio, entre outros.
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