A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deflagrou nesta quarta-feira, 31, uma operação em mais de cem presídios do país com o objetivo é buscar e recolher celulares que entraram de maneira indevida nas unidades prisionais.
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O uso de telefones clandestinos é a principal forma de criminosos interagirem com membros de suas facções e continuarem cometendo delitos, apesar da prisão. Com a participação de policiais penais federais e estaduais, a operação vai até sexta-feira 2.
“A Operação Mute é a maior realizada pela Senappen no contexto de combate ao crime organizado, pelo número de Estados participantes, quantidade de policiais penais federais e estaduais envolvidos e unidades prisionais estaduais revistadas”, afirmou a secretaria, em nota.
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Segundo a Senappen, na operação, os policiais vão revistar pavilhões e celas. Neste primeiro dia, as revistas serão realizadas em unidades prisionais de 20 Estados: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Nos outros dois dias, a operação chega a outros Estado.
“Os aparelhos celulares são as principais ferramentas utilizadas pelo crime organizado para a perpetuação de delitos e o consequente avanço da violência nas ruas”, disse a Senappen.
Ministério afirma que busca por celulares em presídios faz parte da rotina
A Diretoria de Inteligência Penitenciária (Dipen) informou que a busca e a apreensão de aparelhos telefônicos nos presídios também ocorre de forma rotineira com “ações de fiscalização e controle nas unidades prisionais”, e não apenas durante a Operação Mute. “Essa rotina de segurança tem gerado bons números, atualmente em oito Estados não há registro desse tipo de ocorrência”, afirmou o órgão.
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Essa é a terceira fase da operação. Nas etapas anteriores, 8,5 mil celas foram revistadas. Um balanço com as apreensões desta terceira fase será divulgado ao fim da semana.
Os policiais penais recolheram um revólver, facas e outras armas brancas, drogas e mais de 2,2 mil celulares.
Os celulares continuarão entrando nos presídios. O que tem que ser feito é bloquear os sinais . Mas isso não interessa para muita gente….
Será que vão tirar também as tomadas que carregam as baterias dos celulares?
A tática de surpresa na abordagem é melhor parte desse plano… estávamos a um passo do abismo… acho que avançamos…