A Polícia Militar de Santa Catarina informou na segunda-feira 16 que vai recolher as câmeras corporais usadas por policiais. O Estado foi o primeiro a implementar os dispositivos nas fardas dos agentes, em 2019.
A decisão de retirar os equipamentos veio do Comando-Geral da PM. Em nota, a corporação declarou que as câmeras “não alcançaram os objetivos esperados” e estão com tecnologia obsoleta.
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De acordo com a PM, há “fragilidade e vulnerabilidade nos quesitos de segurança”, o que poderia permitir invasão e alteração das imagens.
A corporação disse ainda que a empresa contratada deixou de prestar serviços de manutenção, e a falta de recursos financeiros impossibilita a continuidade do programa.
“Os aparelhos e o software utilizados pelas atuais câmeras não atendem mais à realidade da PM”, disse o comandante-geral da PM, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa.
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Empresa de câmeras diz não ter responsabilidade por equipamentos
A empresa Ditec, que forneceu os equipamentos desde 2019, disse, em nota, que ofereceu “suporte técnico completo e manutenção dos equipamentos conforme estabelecido” até o término do contrato, em setembro do ano passado.
Depois desse período, a Ditec informou “não possuir mais responsabilidade pela manutenção dos dispositivos nem pela segurança dos dados armazenados”.
Em 2018, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina transferiu R$ 6,2 milhões à Polícia Militar para o projeto das câmeras. Esse foi o único repasse realizado.
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A PM afirma que vai iniciar “de imediato” um estudo para buscar uma solução, mas não deu prazos. O estudo deverá apresentar uma nova alternativa de financiamento e manutenção das câmeras, diz a corporação.
No Brasil, pelo menos sete Estados utilizam câmeras nas fardas da PM: São Paulo, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Rondônia. O Paraná deve iniciar o programa em fevereiro.