Prefeitura de São Paulo quer criar camping para moradores de rua
A prefeitura de São Paulo planeja criar um camping para abrigar moradores de rua. Isso porque, durante a pandemia de coronavírus, houve um aumento de 30% no número de pessoas sem-teto na capital paulista, que tem 12 milhões de habitantes. Desses, 31 mil não têm casa para morar.
De acordo com a secretária de Direitos Humanos e Cidadania, a ex-vereadora Soninha Francine, a ideia é destinar um terreno onde os moradores de rua possam montar suas barracas e ter acesso a uma estrutura com banheiros, chuveiros e tanques para lavar as roupas.
Estatísticas oficias mostram uma situação dramática na cidade mais rica do país: segundo a prefeitura, havia cidadãos vivendo em barracas e barracos de madeira em quase 6,8 mil áreas diferentes no ano passado, em comparação com apenas cerca de 2 mil nos dois anos anteriores.
A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania também pretende construir casas de até 18 metros quadrados, para abrigar os moradores de rua. A iniciativa foi anunciada pelo secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra.
O projeto de Soninha deve ser implantado até o fim deste ano.
Crise generalizada
O Brasil não é o único país latino-americano que enfrenta as consequências sociais da pandemia, que mergulhou milhões de cidadãos na pobreza extrema. O número de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza na América Latina e no Caribe subiu de 81 milhões para 86 milhões entre 2020 e 2021, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
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