Uma professora do Rio de Janeiro foi presa, acusada de um crime que ocorreu quando ela tinha 10 anos de idade. Atualmente tem 23. A acusação é de envolvimento em extorsão, mas a defesa dela teve de se desdobrar para mostrar que a acusação era descabida.
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O crime ocorreu em setembro de 2010. Na ocasião, um funcionário de um mercadinho na cidade de São Francisco, no interior da Paraíba, estava sendo extorquido.
Ameaçado de morte, conforme contou o jornal O Globo, foi obrigado a fazer seguidas transferências bancárias de alto valor.
Sem maiores explicações, na semana passada, Samara de Araújo Oliveira, professora de matemática em Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foi presa dentro da escola onde lecionava.
E está há pelo menos sete dias detida, conforme contou o jornal, no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte.
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Tudo começou com uma ligação de um número desconhecido para o tal funcionário. Ele foi ameaçado de morte, por alguém afirmando que duas pessoas de moto o vigiavam. A vítima ficou aterrorizada e realizou as transferências bancárias solicitadas pelo golpista.
A maneira de tentar descobrir quem eram os criminosos foi rastrear as contas para as quais o dinheiro foi enviado. Na quebra de sigilos, a Polícia Civil e o Ministério Público da Paraíba identificaram que todos os donos das contas eram do Rio de Janeiro.
Segundo o jornal, foram encontradas duas acusadas, Cirlene de Souza e Josina Padilha. Uma confirmou a titularidade da conta, mas disse que desconhecia o valor depositado. A outra negou ter a conta bancária.
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Restaram, nesta pesquisa, o nome de duas pessoas que seriam acusadas, conforme disse o O Globo. Um dos nomes era o de Ricardo Campos dos Santos.
O outro, ainda sem saber de que maneira isso ocorreu, foi o de Samara. Por essas investigações, em 20 de janeiro, ela teve a prisão decretada.
Soltura e espera
Somente na quarta-feira 29, seis dias depois da detenção, a família de Samara conseguiu provar o engano.
“Verifico que merece prosperar a argumentação quanto à ocorrência de equívoco na exordial (inicial) acusatória”, afirmou o juiz Rosio Lima de Melo.
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Ele diz que nesta “exordial acusatória” consta apenas a identificação por CPF, “sem qualquer menção à data de nascimento da acusada.”
Samara foi retirada, pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, da cela em que estava com outras 13 detentas.
Na quinta-feira 30, no entanto, ainda não havia deixado o complexo. Aguardava seu alvará de soltura, previsto para chegar somente nesta sexta-feira, 1.
Ninguém precisa criticar a justiça brasileira. Ela própria se encarrega de se ridicularizar.
A Justiça no Brasil está em frangalhos…Pronta para desabar.
Eles não erram, comerem equívoco….
“Exordial acusatória”…
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