Grupo protestou neste domingo em movimento batizado de “passeata com cases”
“Precisamos de ajuda”. Com essa frase estampada em faixas e camisetas, profissionais da área técnica de eventos foram às ruas neste domingo, 2. Na capital paulista, um grupo protestou nas intermediações do Parque do Ibirapuera e se dirigiu à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para reivindicar ações governamentais para a classe em meio ao período de pandemia da covid-19.
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Denominada de “passeata com cases“, em referência à caixa em que guardam equipamentos de trabalho, a manifestação ocorre no momento em que as áreas de cultura e eventos se veem ainda mais prejudicadas em decorrência de regras de isolamento social por causa do avanço do novo coronavírus no Brasil. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) cancelou eventos como o réveillon na Avenida Paulista e a Parada LGBT+. Conforme noticiado por Oeste, a estimativa é que os cancelamentos provoquem prejuízo superior a R$ 3 bilhões na economia paulistana.
Diante da situação da capital paulista e em outras partes do país, com cancelamento de shows e peças teatrais, os profissionais da área técnica do setor destacaram, no protesto de hoje, que eles foram os “primeiros a parar” por causa da covid-19. Até agora, no entanto, alegam que estão sem ajuda financeira e também sem diálogo com autoridades. Dessa forma, afirmam pelas redes sociais que a “passeata com cases” foi o jeito encontrado para chamar a atenção para o manifesto formulado nos últimos dias.
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Manifesto
Entre outros pontos, o manifesto pede a criação do “auxílio emergencial específico para o setor técnico”. Benefício esse a ser concedido até a retomada do setor de eventos. Ainda nesse sentido financeiro, o documento registra a intenção de se ter uma linha de crédito diferenciada junto aos bancos. E assim contar com “juros subsidiados e carência”.
Ciente de que o Supremo Tribunal Federal (STF) jogou as responsabilidades de ações contra a pandemia para Estados e municípios, o grupo de profissionais da área técnica clama pela ajuda do Ministério do Turismo para que se crie uma regra em nível nacional que vise a retomada do setor.
Os responsáveis pelo manifesto avisam, aliás, que já têm sugestão de protocolo para a reabertura do setor de eventos no Brasil. Proposta essa que, conforme divulgam, leva em consideração “as diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as recomendações do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) e visa, antes de mais nada, propiciar a retomada segura, para evitar a necessidade de retrocessos”.
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