O fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), está resultando em um prejuízo de R$ 400 milhões mensais ao Rio Grande do Sul, segundo o vice-governador do Estado, Gabriel Souza (MDB).
“Aeroporto fechado significa um prejuízo em torno de R$ 400 milhões por mês, algo em torno de R$ 3 bilhões durante todo este ano se de fato se confirmar a continuidade do fechamento do aeroporto até dezembro. O que dá mais ou menos meio por cento PIB do Rio Grande do Sul”, estimou Souza, em entrevista à GloboNews.
O aeroporto foi fechado depois do alagamento causado pelas enchentes registradas em maio no Rio Grande do sul.
Segundo ele, o impacto econômico do fechamento do Salgado Filho — principal aeroporto gaúcho — não se limita apenas aos números, mas também afeta diretamente a logística do Estado, o transporte de cargas, o turismo e os negócios, gerando transtornos significativos para a economia local.
“É um prejuízo inestimável do ponto de vista de geração de emprego e renda”, disse, acrescentando que não há um cálculo no momento sobre o custo total da reconstrução do Salgado Filho.
Concessionária do Aeroporto de Porto Alegre (RS) precisa de aporte, diz vice-governador
Em relação à discussão entre governo federal e a Fraport, empresa que administra o Salgado Filho, Souza frisou que o “reequilíbrio do contrato” da concessão é a saída mais prática para amenizar eventuais prejuízos. “Seria algo em torno de R$ 300 milhões que a União Federal deveria recompor à Fraport. É muito mais caro deixar o aeroporto fechado do que, eventualmente, fazer algum aporte da União, até porque o aeroporto é da União.”
A observação do vice surge em meio aos trabalhos do governo Lula, liderado pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, de retomar as atividades do Aeroporto Salgado Filho e das especulações desmentidas pela própria Fraport de que a concessionária devolveria a concessão caso não receba recursos para reforma do terminal.
O Salgado Filho foi concedido por 25 anos, contados de agosto de 2017. O contrato em curso é válido até 2042, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Redação Oeste, com informações da Agência Estado