Suzane Louise Magnani Muniz, ex-Richthofen, pretende usar suas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para atenuar a pena de 39 anos de prisão. Ela está presa por ter participado do assassinato dos pais.
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A ex-Richthofen contratou a advogada Sthefanie Guadalupe dos Santos para ajudá-la a se livrar da sentença imposta pelo Tribunal do Júri, em 2002. De acordo com o cálculo da pena, Suzane só estaria totalmente livre da Justiça em 2042.
No entanto, a ex-Richthofen já conseguiu abreviar a liberdade para 2038. Isso porque realizou trabalhos dentro da penitenciária e conseguiu benefícios concedidos por meio da Lei de Execução Penal (LEP).
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Em um novo intento, a ré, que atualmente está no regime aberto, busca reduzir a pena em mais cem dias. De acordo com sua advogada, Suzane conseguiu “bons resultados” no Enem.
Segundo o documento protocolado no processo de execução penal, a ex-Richthofen obteve a nota 664,6 em história e geografia. Em matemática, conseguiu 647,1. Em português, a presa teve 634,1. Recebeu a nota 593, em ciências naturais, e 560 em redação.
Leitura de Suzane von Richthofen
Suzane também usa as leituras de livros para tentar reduzir sua pena. O primeiro livro lido por ela foi A hora da estrela, da autora Clarice Lispector.
Ela também leu Lua de mel em Kobone, da jornalista Patrícia Campos Mello. Além desses, leu Dom Casmurro, de Machado de Assis, e O Diário de Anne Frank, da própria Anne.
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Para conseguir a redução da pena, Suzane deve escrever uma redação sobre suas impressões dos livros. Cada obra resenhada corresponde à remissão de quatro dias de pena.
No entanto, as resenhas devem passar por uma avaliação. Para que a condenada consiga o benefício, deve seguir alguns critérios elaborados pelo projeto “Lendo a liberdade”, desenvolvido pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
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