A cantora Margareth Menezes, nomeada ministra da Cultura do governo Lula (PT), afirmou que uma de suas prioridades na pasta é levar cinemas, teatros e bibliotecas às periferias do Brasil. Segundo ela, a oferta de apresentações culturais nesses locais está restrita a templos religiosos.
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Para a ministra, “as igrejas encontram espaço em vazios culturais” e se expandem onde há pouca oferta de centros de cultura. A declaração foi dada em entrevista à BBC Brasil, no gabinete de Margareth, em Brasília, na segunda-feira 18, e foi ao ar nesta sexta-feira, 22.
A rede de comunicação perguntou para a ministra se nas periferias as igrejas suprimem a demanda por bens culturais, como música, ensino de música, espetáculos e outras atividades que as igrejas oferecem. Também questionou se “isso se deveu à ausência de teatros, cinemas e outras ofertas culturais nas comunidades”.
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Como resposta, Margareth disse que “as igrejas encontram espaço nesses vazios culturais”, e nos vazios de equipamentos também.
“Nós estamos agora atendendo a um apelo que vem da terceira Conferência Nacional de Cultura de trazer equipamentos culturais em cidades que nunca os tiveram”, adiantou. “Estamos trazendo de volta os CEUs da Cultura, que são equipamentos culturais comunitários, e recuperando obras que estavam paradas.”
A ministra prometeu quase 200 CEUs da Cultura em todos os Estados brasileiros, a cada ano, até 2027. Para tanto, o governo pretende destinar R$ 300 milhões. “Estamos resgatando os cinemas, as bibliotecas, e tudo isso preenche o ambiente, dá oportunidade para que as pessoas entrem em contato com uma diversidade maior de cultura”, justificou.
Mercado gospel
Sobre o avanço do mercado cultural religioso, a ministra falou da sua visão sobre a música gospel, forte no Brasil, assim como séries televisivas sobre a Bíblia e o mercado de livros religiosos.
“A humanidade tem essas dinâmicas, e vejo isso da mesma maneira que vejo a questão dos estilos musicais”, comentou. “Hoje, existe um grande público que consome a cultura gospel. Então, dentro do Ministério da Cultura, nós acolhemos essas manifestações culturais. A gente não está aqui para brigar.”
O povo vai buscar bálsamos para minorar as inúmeras catástrofes ocasionadas pelos seus comparsas (você também).
Ela falou que voltaria à Câmara dos Deputados, “melhor preparada”.
Não voltou.
É ministra do parque temático.
Ninguém sabe a que veio.
O que fala não vale prestar atenção.