Um filme com o título O Virgem de 40 Anos tem tudo para ser uma pornochanchada vulgar e descartável. Pois as aparências enganam e hoje, 19 anos de seu lançamento, O Virgem é considerado um clássico da comédia. Mais que isso, é uma obra que revela a alma masculina (como Sob o Sol da Toscana mostra as sutilezas da alma feminina).
O virgem em questão é Andy (Steve Carell), que chegou aos 40 anos jogando games, colecionando bonequinhos de super-heróis – e virgem. Andy trabalha numa loja de produtos eletrônicos e quando seus três colegas (Paul Rudd, Romany Malco e Seth Rogen) descobrem seu grande segredo, ficam obcecados em resolver seu problema.
Isso é parte integrante do comportamento dos homens: ensinar técnicas infalíveis para conquistar mulheres. Andy é bombardeado por conselhos para acabar com sua virgindade, mas obviamente todas as dicas são péssimas. Como na cena em que passa por uma depilação (real) do peito. Sua situação só começa a se resolver quando ele conhece Trish (Catherine Keener), uma mulher comum, mãe e “avó gostosa”, que o ensina que o sexo não deve ser uma obsessão, mas o resultado de um relacionamento bem resolvido.
O Virgem de 40 Anos foi escrito por Carell e pelo diretor Judd Apatow, especialista em comédias leves e “masculinas”. O filme foi produzido com muita improvisação, como na cena em que Paul Rudd e Seth Rogen acusam um ao outro de ser gay enquanto jogam um game. Steve Carell está absolutamente perfeito no papel principal, que o transformou num astro. E a cena final é tão absurda quanto irresistível.
O Virgem de 40 Anos está disponível pelo Max.