O governo precisa equilibrar a balança na tomada de decisão para que o Brasil não pare de vez
Acertadamente, o editorial do Estado de S.Paulo desta segunda-feira, 23, reconhece as ações do governo federal para minimizar os efeitos da crise do coronavírus.
“Salvar vidas, manter empregos e ajudar os mais pobres a atravessar a crise devem ser as maiores preocupações, neste momento, e o governo decidiu enfim reconhecê-las, apesar da resistência inicial do presidente Jair Bolsonaro”, informa.
O último final de semana foi pródigo em definir ações de combate ao vírus. Conheça algumas delas:
- Restrição à entrada de estrangeiros por fronteiras do país;
- Auxílio emergencial de 15 bilhões de reais para trabalhadores informais;
- Cinco mil médicos para reforço no combate ao vírus;
- Instalação de dois mil leitos hospitalares;
- Distribuição de 30 mil kits para diagnóstico do coronavírus.
Ainda, foi emitida na manhã do último domingo, 22, a Medida Provisória nº 927, que trata de mudanças nas regras trabalhistas como adiamento do FGTS e antecipação de férias.
O conjunto de ações mostra que o governo está fazendo a lição de casa. A grande questão é como equacionar as medidas para reduzir os danos na economia com as imposições de prevenção sanitária. “O enorme custo econômico das medidas preventivas é preferível aos efeitos da contaminação sem controle”, defende o editorial.
Por óbvio, ninguém em sã consciência quer uma população doente. Mas até quando o Brasil vai suportar os ônus da quarentena? É fácil liberar as torneiras do dinheiro público mas a verdade é que a conta vai chegar para todos os brasileiros.