A 123milhas apresentou uma ampla lista de credores em seu pedido de recuperação judicial à Justiça mineira, encabeçada por bancos e grandes empresas.
O Banco do Brasil, o Bradesco e o Google lideram a lista, em valores. A dívida cresce conforme aumenta o acionamento na Justiça. Segundo a defesa da 123milhas, a Justiça mineira recebe cerca de quatro processos por hora contra a empresa.
O pedido de recuperação judicial do bloco da 123milhas — incluindo a Art Viagens e a holding Novum — tem valor total superior a R$ 2 bilhões. No compilado de credores, o Banco do Brasil lidera as cobranças.
Confira a lista dos principais credores:
- Banco Bradesco R$ 22,7 milhões;
- Bradesco R$ 13,2 milhões;
- Google R$ 7 milhões;
- Facebook R$ 5,5 milhões;
- Banco Itaucard R$ 1,8 milhão;
Dentro do espectro total da dívida, há o valor de R$ 2,1 bilhões, cobrado por clientes; R$ 16 milhões em dívidas trabalhistas; e R$ 56,5 milhões em dívidas fiscais.
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No pedido de recuperação judicial, a 123milhas apresentou uma lista com o que seria a ordem de pagamento de credores:
- Funcionários R$ 14,7 milhões;
- Fornecedores e consumidores R$ 2,2 bilhões; e
- Micros ou pequenas empresas R$ 92 milhões.
Processos e demissões em massa, na crise da 123milhas
Mais de cem pessoas foram demitidas na sede da empresa, em Belo Horizonte, na manhã da segunda-feira 28. Trabalhadores relataram dispensas em três setores: recompra, promoção e emissão.
A Justiça mineira já recebeu mais de 1,6 mil processos e continua recebendo protestos contra a empresa, que chegam a ser quatro por hora.
O governo federal, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), avalia a abertura de um processo administrativo e até mesmo a aplicação de multa contra a 123milhas.
Isso ocorrerá caso a empresa não devolva o dinheiro de consumidores afetados pela suspensão de pacotes de viagens já pagos. Se confirmada, a multa pode chegar a R$ 13 milhões.
Até que os Bancos se safaram desta vez.