Brasileiros já pagaram R$ 500 bilhões de impostos em 2025

O impostômetro instalado no Centro Histórico de São Paulo, próximo à sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), mostra que a arrecadação de impostos deve atingir R$ 500 bilhões no próximo domingo, 9, às 06h09. Trata-se de um aumento de 8%, em relação ao mesmo período do ano passado (cerca de R$ 460 bilhões).

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Em média, o brasileiro precisa trabalhar 150 dias para pagar todos os impostos. A Carga Tributária Bruta (CTB) do Produto Interno Bruto (PIB) supera os 30%, um dos mais elevados ao redor do mundo.

De acordo com o economista Ulisses Ruiz de Gamboa, da ASCP, o valor elevado deve-se ao aquecimento da atividade econômica, à inflação e ao aumento da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Gamboa também apontou algumas medidas do governo federal que impulsionaram o aumento de impostos. São elas:

• tributação offshore;
• reoneração dos combustíveis;
• mudanças na tributação de incentivos fiscais dos Estados; e
• retomada do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).

O especialista afirmou que o sistema tributário brasileiro é baseado, em maior volume, em impostos sobre o consumo. A medida incide sobre bens e serviços.

A análise do economista Gamboa projeta um crescimento menor da economia para 2025. Por mais que o aumento da inflação e da alíquotas do ICMS continuem crescentes, a elevação proporcional da taxa de juros básica (Selic) deve conter o avanço econômico do Brasil.

Em 30 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não tem nenhuma medida de controle fiscal prevista para este ano. O chefe do Executivo brasileiro disse que só vai desenhar uma estratégia se tiver “necessidade”.

Saiba como acompanhar o contador de impostos em São Paulo

O impostômetro físico da Associação Comercial de São Paulo fica na Rua Boa Vista, 51, no Centro Histórico de São Paulo. O painel que contabiliza os impostos está próximo ao edifício-sede da ACSP.

As informações também estão disponíveis no site da associação. Além da arrecadação federal, é possível checar os números de Estados e municípios. Clique aqui para acessar.