O BTG Pactual está puxando a fila de uma revolução no mercado de crédito. O banco fechou nesta semana uma emissão de US$ 500 milhões em green bonds, ou bônus verdes. É a primeira grande captação por um banco privado no Brasil desse tipo.
Os recursos serão usados para expansão da carteira — que deu um salto de 74% na comparação anual, para R$ 68,3 bilhões ao fim de setembro, e com índice de Basileia em 17,5%. Com essa operação, o dinheiro com propósito e metas sustentáveis começa a chegar ao crédito privado tradicional, dos bancos para as empresas.
Os bônus saíram a uma taxa de 2,75% ao ano, para vencimento em janeiro de 2026. É a menor já obtida por um emissor brasileiro, mesmo entre as instituições financeiras e até considerando prazos mais curtos — a mais baixa até então era do Bradesco (2,85%), em um título de três anos oferecido em janeiro de 2020.
Nas captações feitas em green bonds, os recursos precisam ser usados para promover melhorias ambientais. O dinheiro levantado fica carimbado. Até então, apenas duas pequenas colocações privadas de instituições financeiras tinham sido realizadas com essas características.
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Com informações de Exame