Países pobres ficarão ainda mais pobres por causa da pandemia
Pobreza, distúrbios e instabilidade. Essa será a realidade enfrentada por países pobres ao decorrer dos próximos anos. Isso porque essas nações ainda enfrentarão problemas econômicos em decorrência da crise provocada pelo coronavírus. O prognóstico nada animador foi revelado esta semana pelo Instituto para a Economia e a Paz (IEP).
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De acordo com Steve Killelea, chefe da entidade baseada na Austrália, “o pior ainda está por vir” para os países pobres. Para ele, indicadores irão cair por muito tempo devido à pandemia da covid-19 ao redor do mundo. Dessa forma, quem sofrerá mais será justamente o bloco de nações consideradas subdesenvolvidas. Afinal, o instituto considera essas regiões mais vulneráveis.
“Politicamente menos estáveis”
“Os países que sofrerão mais serão aqueles que estão frágeis atualmente, porque são aqueles que geralmente têm níveis maiores de insegurança alimentar”, afirma Killelea, conforme noticiado pela agência de notícias Thomson Reuters. “[Nos países pobres], governos são politicamente menos estáveis e cujas economias são menos robustas”, complementa o representante do IEP.
Exemplos de países pobres
Mais do que falar genericamente em países pobres, o chefe do IEP deu exemplos. Conforme ressaltou, regiões em conflitos poderão ter dificuldades ainda maiores. Ele citou, por exemplo, três repúblicas do continente africano: Burundi, Libéria e Sudão do Sul. Além disso, Killelea incluiu o Afeganistão, no Oriente Médio, na lista.
Outras estimativas nada animadoras
Nações subdesenvolvidas e marcadas por conflitos não serão as únicas que sofrerão ao decorrer dos próximos anos por causa da crise em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Fora o IEP, outras instituições divulgaram estimativas sobre o impacto econômico do vírus chinês pelo mundo.
Nesta semana, o Federal Reserve (Fed), que é o banco central dos Estados Unidos, avisou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país terminará 2020 com retração de 6,5%, conforme noticiou Oeste. Por sua vez, o Banco da França garantiu que a economia local levará dois anos para voltar ao patamar alcançado em 2019.