A Casas Bahia informou, na quarta-feira 5, que a Opea Securitizadora e a Pentágono Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários apresentaram impugnações ao Plano de Recuperação Extrajudicial e sua homologação. A companhia destaca que o plano atende a todas as exigências legais e tem o apoio de aproximadamente 55% dos Créditos Sujeitos, atendendo ao quórum mínimo necessário para homologação.
De acordo com a varejista, as impugnações são desprovidas de mérito e espera-se que sejam rejeitadas. O plano de recuperação inclui as emissões de debêntures representadas por Opea e Pentágono.
“A companhia responderá às impugnações no prazo legal e manterá seus acionistas e o mercado em geral devidamente informados sobre quaisquer desdobramentos relevantes a respeito do assunto”, disse a empresa, em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A Casas Bahia afirma que o plano de recuperação visa à vinculação aos seus termos de 100% dos Créditos Sujeitos, incluindo as emissões de debêntures representadas por Opea e Pentágono. A empresa se compromete a manter todas as partes interessadas informadas sobre quaisquer desenvolvimentos significativos relacionados ao assunto.
A recuperação da Casas Bahias
Em 28 de abril, a empresa entrou com pedido de recuperação extrajudicial para dívidas que somam R$ 4,1 bilhões. O pedido já tem acordo prévio com os principais credores, que detêm 54,5% dos débitos, e, portanto, deve ser aplicado também aos demais credores pulverizados, incluindo pessoas físicas.
Na época, a solicitação foi aceita pelo juiz Jomar Juarez Amorim, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais. Ele determinou a suspensão de todas as cobranças de créditos de dívidas por parte dos credores contra a empresa por um período de 180 dias.
O juiz destacou que a documentação apresentada pelo Grupo Casas Bahia evidencia a concordância da maioria dos credores envolvidos no plano de recuperação extrajudicial. Isso inclui credores que representam mais da metade dos créditos abrangidos pelo plano.
Os resultados financeiros do Grupo Casas Bahia, pertencente à Via Varejo, têm sido negativos nos últimos balanços. No último trimestre de 2023, a empresa registrou um prejuízo contábil de R$ 1 bilhão, seis vezes maior do que o prejuízo do mesmo período de 2022, que foi de R$ 163 milhões.
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