O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua projeção de crescimento econômico para a Argentina em 2024. De um crescimento de 2,8%, o órgão passou a estimar uma contração (ou crescimento negativo) de 2,8% ao ano.
O rebaixamento de 5,6 pontos porcentuais na estimativa de crescimento do PIB da Argentina é a maior atualização de perspectivas do fundo. Os dados vêm do relatório World Economic Outlook, que foi divulgado nesta terça-feira, 30, pela instituição norte-americana.
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“A revisão da previsão para a América Latina e o Caribe para 2024 reflete um crescimento negativo na Argentina”, informou o fundo em comunicado. “[Devido ao] contexto de um ajuste significativo de política para restaurar a estabilidade macroeconômica.”
No entanto, na última sexta-feira, 26, o governo Milei retirou as principais reformas de gastos de um projeto de lei no Congresso argentino para facilitar sua aprovação. Na ocasião, ele enfatizou a sua promessa de eliminar o déficit de orçamento público.
América Latina e Caribe devem crescer quase 2%, projeta FMI
Já para a região da América Latina e do Caribe, o FMI projeta um crescimento do PIB de 1,9% neste ano. Isso representa 0,4 ponto porcentual abaixo da estimativa de outubro.
No entanto, o fundo também prevê um leve crescimento na produção tanto no Brasil quanto no México, as maiores economias da região, além de prever um leve aumento em sua antiga projeção.
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O FMI também prevê que o Brasil deve crescer 1,7% este ano, 0,2 ponto porcentual acima da projeção de três meses atrás. Enquanto isso, para o México, a nova projeção é de 2,7% ao ano, 0,6 ponto porcentual acima do relatório de outubro.
Além disso, a instituição projeta que o crescimento em mercados emergentes e economias em desenvolvimento chegue a 4,1% em 2024, uma leve alta ante a visão de crescimento de 4% no final do ano passado.
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No Brasil só o agro que segura este país.