Ministro falou de seus planos de recuperação econômica em debate promovido pelo BNDES
Duas etapas. É assim que o ministro da Economia, Paulo Guedes, deseja organizar a retomada do crescimento do país. Ele detalhou seus planos em debate virtual promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além de falar em “solidariedade”, conforme registrou Oeste mais cedo, o integrante do primeiro escalão do governo federal fez menção a tirar o Brasil da “letargia”.
Antes de mais nada, Guedes foi direto ao ponto e explicou quais são os dois estágios planejados para a retomada econômica brasileira:
- Volta segura ao trabalho de toda a população;
- Prosseguimento da agenda de reformas.
Em relação ao primeiro estágio, o ministro explicou que vem analisando como outros países impactados pelo novo coronavírus estão retomando as atividades, como, por exemplo, o retorno ao serviço nas mais diversas áreas. Segundo avisou no debate de hoje, o assunto foi discutido na véspera com integrantes da pasta que lidera, juntamente com membros do Ministério da Cidadania.
O titular da Economia citou, inclusive, um caso do próprio Brasil. Segundo Guedes, o setor da construção civil segue em operação com aproximadamente 93% de sua capacidade, com 55 mil pessoas na ativa. Isso apesar de o país estar em meio à pandemia do novo coronavírus. A área, contudo, registrou 10 mortes em decorrência da covid-19, o que foi lamentado pelo ministro. “Cada morte é um universo que se extingue. Para cada um de nós existe um universo. Quando uma vida se apaga, é um universo que acabou”, disse, segundo a Agência Brasil.
Volta ao trabalho
Lamentando mortes, mas também pensando que, se a economia não for retomada, outros óbitos poderão ocorrer (mesmo que não ligados diretamente à covid-19), Guedes avaliou como será a volta ao serviço. Adiantou, contudo, que o regresso não se dará de uma única vez. Também reflete que, entre outros pontos, ele não será uniforme.
“Há regiões onde o índice de contágio está sendo menor”
“Imagino que o retorno ao trabalho será segmentado. Não vai ser todo mundo ao mesmo tempo. Será por unidades geográficas. Há regiões onde o índice de contágio está sendo menor. Nas regiões com maior densidade demográfica, o risco de contágio é maior. Então tudo isso vai ser exatamente examinado daqui para a frente. Todo mundo já está examinando e analisando esses relatórios para um retorno seguro ao trabalho ali à frente, quando a Saúde permitir e der o sinal que está na hora de avançar”, explicou Guedes.
Surpreendendo o mundo
A fim de defender novamente as reformas econômicas, Paulo Guedes garantiu que o Brasil vai surpreender o mundo com ações que resultarão em uma “democracia barulhenta e vibrante”. Ele lembrou, por exemplo, que a reforma da Previdência já foi aprovada no último ano. Para seguir adiante com outros projetos, o ministro conta com o apoio dos parlamentares. Afinal, há propostas a ser analisadas pelo Congresso Nacional.
“O Congresso brasileiro está em isolamento social, mas em plena operação. Aprovando primeiro as medidas de emergência. Tínhamos reformas estruturantes para fazer e estamos fazendo, atingidos pela pandemia. Imediatamente disparamos as medidas emergenciais, e agora, embora em distanciamento social, vamos aprofundar as reformas. Vamos destravar os investimentos. Teremos o retorno seguro ao trabalho lá para a frente, nos próximos meses, e a retomada dos investimentos e dos empregos”, complementou Guedes, reforçando, assim, seu compromisso em prol da retomada econômica do país.
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