A MadeiraMadeira vai demitir 10% de seus 2 mil funcionários. Ela está prestes a completar 15 anos, e pensando nos próximos 15, está se restruturando.
A empresa de móveis e produtos para casa também planeja contratar executivos com anos de atuação em grandes companhias de mercado. Este será o terceiro corte no negócio em 18 meses, a redução do número de pessoal supera 250 profissionais, segundo a revista Exame.
“Nós pensamos muito no longo prazo, em como construir uma empresa centenária e que vá muito além dos fundadores”, disse Daniel Scandian, CEO de MadeiraMadeira. Ele fundou a empresa em 2009 com o irmão, Marcelo Scandian, e o amigo Robson Privado.
Saiba quem são os executivos que a MadeiraMadeira está contratando
O processo vem sendo desenvolvido há um ano e meio pelos sócios-fundadores, que procuram modificar a gestão do negócio para aumentar a eficiência.
Scandian diz que a operação não tem problema financeiro, e que cerca de 80% do valor captado na última rodada, em 2021, segue intocado. Na época, a MadeiraMadeira recebeu um valuation de US$ 1 bilhão.
A ideia dos gestores é fazer com que a empresa se torne mais ágil na escalada do negócio, inclusive em outros países. O sócio-fundador afirma que a estrutura da MadeiraMadeira estava engessada e com sobreposição de camadas em diversas áreas.
+ Leia mais sobre Economia em Oeste
“Nós fizemos com que a organização ficasse mais flat (plana)”, disse. “Com isso, ficamos mais rápidos, ágeis, a comunicação flui melhor e conseguimos, inclusive, dar mais autonomia e entender melhor as prioridades.”
A redução da equipe e a chegada de novos profissionais do mercado miram a preparação para movimentos no longo prazo, ajuste de rota e fechamento de gargalos operacionais.
A lista de novos executivos inclui Fabio Fadel, que acumulou 15 anos na Pernambucanas e ocupou a liderança da operação da Dafiti no Brasil; Nilton Pereira Sampaio, que trabalhou 15 anos na Ambev; Erica Lima, da Private Label e Alpargatas e Thais Galli, que trabalhava no Quinto Andar.