As ações do mercado asiático caíram amplamente nesta terça-feira, 14, afetadas pelo setor bancário, principalmente. Os temores sobre as consequências do colapso do Silicon Valley Bank (SVB), o Banco do Vale do Silício, tomaram conta do mercado.
O índice japonês Nikkei caiu 2,2% em Tóquio hoje, a 27 mil pontos, em sua maior queda diária desde 20 de dezembro. Na Coreia do Sul, o Kospi teve queda de 2,5%, a 2,3 mil pontos.
O S&P/ASX 200 recuou 1,4% em Sydney, a 7 mil pontos, arrastando o mercado australiano para terreno negativo em 2023.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng registrou perda de 2,3% em Hong Kong, a 19 mil pontos; e o Taiex caiu 1,3% em Taiwan, a 15 mil pontos.
Na China continental, o Xangai Composto teve baixa de 0,8%, a 3,2 mil pontos; e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,6%, a 3,9 mil pontos. Os bancos foram o setor mais atingido em toda a região.
O HSBC Holdings despencou mais de 5% em Hong Kong, depois que o gigante bancário prometeu injetar £ 2 bilhões de liquidez na unidade britânica do SVB, que havia comprado por £ 1.
O Standard Chartered Bank caiu quase 7%. A liquidação ocorreu apesar das medidas extraordinárias dos reguladores dos EUA no fim de semana, para evitar uma possível crise bancária após o colapso do SVB.
Esforço dos EUA
O esforço do governo dos Estados Unidos para evitar um colapso no sistema financeiro não foi suficiente para estabilizar o sistema.
O banco, com sede na Califórnia, teve uma queda expressiva na sexta-feira 10, marcando a maior falência de uma instituição financeira da América desde 2008.
Os investidores agora estão preocupados se o fim do SVB pode desencadear um colapso mais amplo do setor bancário.
No domingo, três dias depois da falência do Banco do Vale do Silício, as autoridades norte-americanas fecharam o Signature Bank. Com sede em Nova Iorque, o banco é um dos mais importantes do mercado de criptomoedas. Os reguladores norte-americanos alegaram “risco sistêmico”.
Na segunda-feira 13, as ações dos EUA foram mistas, com as ações do setor bancário sendo afetadas. Os investidores temem que outras instituições financeiras estejam com perdas significativas não realizadas em seus balanços por causa das taxas de juros acentuadamente mais altas.