A Arezzo e o Grupo Soma anunciaram, nesta segunda-feira, 5, a fusão das duas empresas. Em conjunto, possuem mais de 34 marcas de moda e R$ 12 bilhões de faturamento.
Uma das principais marcas do Brasil, a Arezzo é dona de lojas de calçados femininos e de outras companhias, como a Reserva e a Schutz. Já o Grupo Soma é proprietário da Animale, da Farm e da Hering.
A operação vai ocorrer via troca de ações das companhias, com a Arezzo incorporando a Soma. A incorporadora vai ter 54% de participação no novo empreendimento, ainda a ser nomeado, enquanto os outros 46% vão pertencer ao Grupo Soma.
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Combinadas, as companhias têm faturamento de quase R$ 12 bilhões, 22 mil funcionários e cerca de 2 mil lojas, entre próprias e franqueadas. Possuem ainda 34 marcas sob seu leque.
O designer Alexandre Birman, da família controladora da Arezzo, vai ser o presidente da nova companhia. Já Roberto Jatahy, presidente do Grupo Soma, vai ser o CEO da unidade de vestuário feminino da empresa.
Fusão da Arezzo com o Soma depende da aprovação do Cade
Apesar dos planos das empresas, ainda é necessária a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Se aprovada, a operação vai ser a maior fusão do setor de varejo desde a união da Droga Raia com a Drogasil, em 2011.
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Além disso, a nova empresa combinada vai atuar em quatro frentes: calçados e bolsas; vestuário e lifestyle feminino; vestuário e lifestyle masculino; e vestuário democrático.
“O surgimento dessa nova empresa acarreta grandes oportunidades de geração de valor adicional”, informaram as empresas, ao acrescentar que a operação deve aumentar as receitas e otimizar a gestão das empresas.
As duas empresas comunicaram, na última quarta-feira, 31, que estavam negociando o acordo. Conforme o jornal Valor Econômico, as empresas chegaram a um acordo no domingo.
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Depois dos rumores, os papéis das varejistas tiveram alta. Conforme a Bolsa de Valores do Brasil (B3), até sexta-feira, o valor de mercado das duas era de R$ 13 bilhões.
Segundo analistas, a formação do conglomerado deve ser algo positivo. No entanto, a alta das ações, na semana passada, veio com ressalvas de relatórios sobre a complexidade da operação.
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