O mercado de telecomunicações deverá movimentar R$ 175 bilhões neste ano. O montante representa crescimento de 10% em relação ao ano passado e de 32% ante 2019, no período pré-pandemia.
O levantamento é da pesquisa IPC Maps e levou em consideração serviços de telefonia, pacotes de TV, telefone e internet, e compra de celulares e acessórios. O avanço em telecomunicações é bem mais robusto do que a expectativa de consumo geral das famílias em 2022, conforme o estudo, que analisou 22 setores da economia.
De acordo com o levantamento, a dependência de conexões demandou mais do setor neste ano. “A população procurou alternativas de renda, surgiram novos aplicativos de delivery, de transporte, entre outros. Motoristas de aplicativos e motoboys dependem de internet”, justificou a pesquisa.
A IPC mostrou também que foram criadas 1,2 mil novas empresas no setor a partir de 2021, com acréscimo de 2% em um ano, para quase 58 mil.
Para a Conexis, entidade que representa grandes operadoras de telefonia, “a pandemia alterou a cesta de consumo da sociedade, e a conectividade tornou-se vital”, observou o presidente-executivo da Conexis, Marcos Ferrari, ao jornal Valor Econômico.
De acordo com a Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), as empresas preveem gastar neste ano cerca de R$ 20 bilhões com serviços de infraestrutura para operadoras, prestadores de pequeno porte e provedores, um avanço de 10% a 20% ante 2021.
Atualmente, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, 98% dos brasileiros acessam a internet via celular.