Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta terça-feira, 8, mostra que o preço da carne subiu, em média, quase 3% em setembro. Trata-se da maior alta desde dezembro de 2020, quando estes itens subiram pouco mais de 3,5% em apenas um mês.
O contra-filé foi o que mais subiu de preço na passagem de agosto para setembro: alta de 3,8%. Em seguida aparecem a carne de porco, o patinho e a costela, também com altas superiores a 3%.
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“A forte estiagem e o clima seco foram fatores que contribuíram para a diminuição da oferta”, analisa o gerente da pesquisa, André Almeida. “Agora, o período de entressafras está sendo intensificado pela questão climática.”
A queda na oferta, aliada à manutenção da procura, fez o preço da arroba do boi gordo disparar 24% em pouco mais de um mês: saltou de R$ 215 para R$ 300, segundo a Safras & Mercado.
Quais cortes ficaram mais caros
- Contra-filé: 3,79%
- Carne de porco: 3,67%
- Patinho: 3,15%
- Costela: 3,1%
- Pá: 3,04%
- Alcatra: 3,02%
- Acém: 2,96%
- Lagarto redondo: 2,72%
- Lagarto comum: 2,67%
- Filé-mignon: 2,47%
- Chã de dentro: 2,44%
- Peito: 2,21%
- Músculo: 1,56%
- Fígado: 0,83%
- Cupim: 0,46%
- Picanha: 0,12%
Produção de carne deve cair pela primeira vez em 5 anos
Os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que quantidade de carne disponível para o consumo do brasileiros deve cair quase 2% em 2025. A redução ocorre na esteira de uma queda da produção, estimada em 0,1% — é a primeira retração em cinco anos.
De acordo com os dados da Conab, a quantidade de carne disponível para o mercado interno brasileiro cairá 250 mil toneladas de 2024 para 2025, uma redução de 1,2%.
A queda vai ocorrer em razão do desempenho do setor de bovinos, que deve cair 7,8%. Trata-se da proteína animal com o segundo maior nível de consumo na dieta da população do país, de acordo com reportagem publicada em Oeste.
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A maior parte da proteína animal que abastece os lares do Brasil é de, basicamente, três tipos. Além de bovinos, completam a lista as aves, líder do mercado interno, e suínos, terceiro maior porção na dieta nacional.
Diferentemente do previsto para os bovinos, as projeções mostram crescimento para a oferta de proteína de aves e de suíno, que devem aumentar 2,3% e 1,1%, respectivamente. Somados os três tipos, a média do consumo de carne deve fechar em cerca de 100 quilos por brasileiro em 2024.
Leia mais: “Não falta carne”, artigo de Evaristo de Miranda publicado na Edição 229 da Revista Oeste
O nosso desgovernante alquimista ainda não transformou abóbora em picanha.