Depois de registrar alta de 0,72% em julho de 2021 na comparação mensal, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,89% em agosto. Trata-se do maior resultado para o mês de agosto desde 2002, quando atingiu 1,00%. No ano, o indicador acumula alta de 5,81% e, nos últimos 12 meses, de 9,30%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Com aumento de 5,00%, a energia elétrica exerceu o maior impacto individual no resultado, responsável por 0,23 ponto porcentual no índice do mês. No contexto da crise hídrica, a bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de julho e agosto. Além disso, a partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional da bandeira, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (diante de R$ 6,243 em junho).
Reajustes tarifários em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Belém também explicam o resultado em agosto. Com isso, o grupo habitação ficou com a maior alta no mês: 1,97%, equivalente a 0,31 ponto porcentual do índice geral. Além da energia elétrica, o grupo habitação foi influenciado pelos aumentos nos preços do gás de botijão (3,79%) e do gás encanado (0,73%).
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