O boletim econômico-tributário da Receita Estadual do Rio Grande do Sul revelou, na última sexta-feira, 14, que o valor arrecadado do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) nos 12 primeiros dias de junho foi de R$ 1,68 bilhão. O valor projetado era de R$ 2,67 bilhões.
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A diferença nos valores representa uma redução de 37%. O déficit reflete as operações do mês de maio.
O aumento do preço dos alimentos também se destacou. Do período do dia 21 a 27 de abril (uma semana antes da tragédia) ao período de 5 a 11 de junho, houve um aumento de 55,8% no preço da batata. O preço do tomate subiu 47% nesse mesmo período.
O repolho e o leite aparecem logo atrás. Os alimentos inflaram seus preços, respectivamente, em 25,1% e 21,7%.
A catástrofe devastou plantações de vários itens no Rio Grande do Sul. Como resultado, a destruição de pontes e rodovias dificultam o escoamento de produção no Estado.
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A Receita Estadual informou que o preço da mexerica (também chamada de bergamota e tangerina) teve a maior redução no período de tempo analisado. O preço médio do quilo da fruta, sob queda de 27,1%, saiu de R$ 5,47 para R$ 3,99.
O setor de insumos agropecuários teve uma queda de 22%. O período analisado foi das últimas quatro semanas de 2024 e de 2023. A agroindústria sofreu com uma redução de 7,9%.
Os dados apresentados têm como base as Notas Fiscais de Consumidor eletrônicas (NFC-e) do período indicado. Elas também refletem outros fatores econômicos e sazonais dos produtos.
Posicionamento do Estado sobre o atual período econômico do Rio Grande do Sul
O governo do Estado informou que todos os setores da economia já apresentam “sinal de retomada”. O Rio Grande do Sul, no entanto, voltou a lidar com chuvas neste fim de semana.
Regiões que estavam em período de recuperação tiveram de lidar com novas ondas de alagamento. Moradores também tiveram que retornar aos abrigos com os novos adventos climáticos.