Jonas Donizette queria retomar as atividades econômicas em 4 de maio, mas, após encontro com o governador Doria, mudou de ideia
O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), impôs hoje o rodízio de veículos na cidade por tempo indeterminado. Dois finais de placa por dia serão proibidos de circular entre 6 e 20 horas e haverá um reforço na frota do transporte público. “Diminuindo os veículos nas ruas também diminuímos os acidentes de carro com necessidade de atendimento médico”, justificou o prefeito. Quem desrespeitar a regra poderá ser multado.
Campinas tem hoje 643 casos de coronavírus confirmados, 27 mortes e a menor taxa de letalidade entre as maiores cidades paulistas: 4,2%.
Donizette também anunciou que as cidades da região vão agir de maneira “conjunta e cooperada”: enquanto pacientes em estado grave de Nova Odessa, Itatiba, Paulínia e Santa Bárbara d’Oeste, por exemplo, poderão ser atendidos em UTIs campineiras, os de menor gravidade poderão ser internados nesses municípios menores.
Estranhamente, o secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Souza, presente à última live do prefeito — que adotou o procedimento após visita ao governador João Doria, em 8 de maio —, afirmou que a maior parte dos pacientes na terapia intensiva não está com coronavírus: “Tem gente com AVC, outros sofreram um infarto”. Com a doença mesmo, apenas 148 pessoas usam leitos de UTI do Sistema Único de Saúde, dos 680 disponíveis.
Mudança de ideia
Ainda em 27 de abril, o mesmo Jonas Donizette enviou pedido para iniciar a retomada das atividades econômicas da cidade em 4 de maio. Além disso, o prefeito, que lidera a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), havia protocolado solicitação similar junto ao governo federal, enviando um plano de reabertura das prefeituras participantes ao presidente Jair Bolsonaro.
O pedido foi, obviamente, negado pelo governador João Doria, e o prefeito foi convidado a comparecer a uma coletiva diária em 8 de maio. Saiu mudando o discurso e dizendo que não só não poderia reabrir a terceira maior cidade do Estado, como apoiava firmemente o confinamento social, que passaria a ser ampliado na cidade.
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“O Brasil é um dos poucos países que não estão falando uma linguagem só [com relação à covid-19], e isso atrapalha muito”, lamentou Donizette em sua transmissão desta quarta-feira, antes de dizer que vai participar do Plano São Paulo de Doria. “Não vamos sair dessa situação se não houver investimento público”, defendeu. O prefeito lembrou ainda que o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem estimulado os países a ajudar seus municípios, mas parece esquecer que, após a pandemia, toda a economia precisa funcionar, não somente a da cidade dele.
Jonas encontrou Doria e mudou de ideia. O q foi combinado?? Jonas já se livrou do caso Ouro verde, não é de confiança. Tem coisa errada ai. Vai destruir a economia da cidade. Covarde. População acorda.
Pessoal, vamos apoiar o http://www.placarforadoria.com.br, entra lá e pressionem os deputados. Isso só termina se o mandato do atual governador estiver em risco.
Palhaçada total, Campinas está super bem, com poucos casos, poucas mortes e leitos de UTI em situação confortável. Essa decisão não faz sentido algum.
Que promessa que o Doria fez prá ele aceitar ? Aí tem coisa, basta investigar!
Não sabia que a burrice do Bruno Covas e João Dória estava sendo copiada. Prefeito sem noção, aliás como todos da região metropolitana de Campinas. Podiam abrir o comércio sim. Mas por aqui se vc fala em abrir comércio, vc é um insensível, eles não tem outra alternativa, é só isso!! Vamos viver em quarentena pra sempre.
Isso aconteceu “após encontro com doria” minúsculo mesmo, este não é um bom vendedor de interesses que não é o interesse do povo?
O Dória é um ser nocivo à sociedade. Não sei como o cidadão paulista permite.