A empresa norte-americana UnitedHealth Group (UHG) já recebeu pelo menos seis propostas de compra da operadora de planos de saúde Amil e todas com valores superiores a R$ 10 bilhões, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.
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O prazo para a entrega das propostas nesta primeira fase terminou na sexta-feira 27. A venda da operadora pode ser concluída até o primeiro trimestre de 2024.
De acordo com apuração feita pelo jornal, entre os interessados estão:
- Família Bueno, dona da Dasa e acionistas minoritários da UHG nos Estados Unidos;
- Empresário José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp;
- Empresário Nelson Tanure, que no ano passado adquiriu o controle do grupo de medicina diagnóstica Alliar;
- Bain Capital, investidora norte-americana com sede em Boston;
- Advent, investigadora dos EUA com experiência no mercado de saúde do Brasil;
- Coruja Capital, do empresário Marcio Schettini.
Com a fase da apresentação das propostas encerrada, nesta semana os interessados poderão fazer as análises nos números da Amil para oferecer uma proposta final. O BTG Pactual foi contratado pela UHG para vender o ativo brasileiro.
Amil tem 31 hospitais, 28 clínicas e mais de 5,4 milhões de usuários
No ano passado, a Amil fechou com prejuízo de mais de R$ 2 bilhões, como consequência de uma carteira de planos individuais moldada em um modelo que não se sustenta.
Há alguns anos a UHG tenta vender a Amil, mas sem sucesso, justamente em razão do plano de saúde deficitário. No fim de 2021, a norte-americana chegou a oferecer R$ 3 bilhões para um grupo de investidores assumir 340 mil contratos com usuários de planos de saúde e quatro hospitais, mas Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) impediu a venda.
A UHG comprou a Amil em 2012 da família Bueno por R$ 6,5 bilhões. Entre os ativos da operadora de saúde, fundada nos anos de 1970, estão 31 hospitais, 28 clínicas e 5,4 milhões de usuários dos planos médicos e odontológicos.
Em 2021 a AMIL tentou se livrar de 340 mil clientes na maioria idosos, minha mãe era uma das pessoas prejudicadas, porque haviam retirado vários médicos conveniados e Hospitais importantes e Laboratórios. Graças a Deus a ANS interviu e cancelou a transferência da carteira de clientes, mas mesmo assim mantiveram muitos descredenciamentos. O comprador nem tinha capacidade para assumir esse volume de clientes. Espero que desta vez seja algo moralmente correto.
Não foram os planos individuais que levam a culpa. Foi a pandemia que suspendeu exames e cirurgias. Só se fazia exame de covid. Como também prestam esses serviços o preju era inevitável. Agora a gente recebe e-mails quase implorando para fazermos novos exames.