No dia 13 de outubro de 1972, um avião da Força Aérea Uruguaia caiu na Cordilheira dos Andes. O episódio ficou conhecido como a Tragédia dos Andes. A bordo estavam 45 pessoas. Entre elas, o time de rúgbi Old Christians.
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O acidente ocorreu depois de uma falha na navegação da aeronave, somada ao mau tempo. Sem direção, a aeronave partiu em três pedaços depois de colidir com a cordilheira.
O impacto causou a morte imediata de 12 passageiros. Outros faleceram por causa dos ferimentos do acidente, agravados pelo frio extremo.
Uma avalanche matou oito dos 29 sobreviventes. A aeronave caiu em uma região remota, a mais de 3,6 mil metros de altitude. Além das condições climáticas extremas, a sobrevivência se tornou mais difícil com a fome crescente.
Passageiros comeram carne humana para sobreviver no frio da Cordilheira dos Andes
Os passageiros, desesperados e sem rumo, recorreram ao consumo da carne dos mortos para se manter vivos. Pelo rádio do avião, ouviram que as autoridades abandonaram as operações de resgate.
Em meio ao desespero, dois dos sobreviventes, Nando Parrado e Roberto Canessa, decidiram caminhar por cerca de dez dias em busca de ajuda. Depois da jornada exaustiva, conseguiram encontrar um pastor chileno, que acionou as autoridades. Finalmente, no dia 20 de dezembro de 1972, 16 sobreviventes foram resgatados.
Depois de 72 dias de isolamento, as autoridades finalmente resgataram os sobreviventes, o que gerou grande comoção. A história de resistência desses indivíduos se tornou um exemplo impressionante de sobrevivência.
O episódio chocou o mundo e gerou discussões sobre ética, moralidade e o instinto de sobrevivência. Livros, filmes e documentários registraram o ocorrido, como por exemplo, o famoso livro Vivos e o filme Alive (1993).
A história da Tragédia dos Andes é uma das mais notórias representações da luta humana pela vida em condições extremas.
Era adolescente na época e até hoje me lembro dos detalhes dessa impressionante tragédia.