Em 1º de outubro de 1908, Henry Ford apresentou ao mercado o Ford T, um veículo que revolucionaria a produção em massa de automóveis. O modelo, que inicialmente custava US$ 825, teve seu preço reduzido para US$ 260 devido a avanços na linha de produção em série. Isso permitiu a venda de mais de 15 milhões de unidades até o encerramento da fabricação desse tipo de carro, 26 de maio de 1927.
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Em 1914, a Ford empregava 13 mil trabalhadores e produzia cerca de 300 mil carros por ano. Para se ter ideia da dimensão da sua fábrica, as demais 299 companhias do setor empregavam um total de 66.350 funcionários e produziam aproximadamente 280 mil veículos.
Henry Ford referiu-se ao modelo T como “o carro universal” por ser, come ele mencionava, um automóvel acessível, confiável e de fácil manutenção.
Especificações e popularidade do modelo T, de Henry Ford
O modelo Ford T tinha nove estilos de carroçaria diferentes, todos montados sobre um mesmo chassi. Popularmente conhecido como “Lizzie”, o primeiro tipo possuía um motor de quatro cilindros com 20 cavalos de potência. Isso o fazia alcançar uma velocidade máxima de 55,8 km/h.
A introdução do Ford T marcou um ponto de virada na indústria automotiva, pois facilitou o acesso ao automóvel para a classe média e estabeleceu novos padrões de eficiência na produção industrial. O impacto da chegada do modelo T foi tão profundo que mudou a maneira como o mercado fabricava e vendia os carros, e criou um legado que perdura até hoje.
Sobre o revolucionário Henry Ford
Henry Ford foi um revolucionário para a indústria devido à introdução de técnicas de produção em massa e à implementação da linha de montagem em larga escala. Ford aprimorou esses conceitos a ponto de permitir a produção a um custo acessível.
Com o lançamento do Ford Model T em 1908, ele transformou o automóvel de um artigo de luxo em um bem acessível para a classe média norte-americana.
A linha de montagem criada por Ford em 1913 também reduziu significativamente o tempo de produção dos carros, o que diminuiu os custos e aumentou a eficiência. Ao padronizar as peças e otimizar o processo de montagem, ele conseguiu produzir um carro em apenas algumas horas. Esse processo demandava dias de trabalho.
Essa inovação impactou toda a indústria manufatureira e é a base do sistema de produção em massa moderno, que levou o nome de “fordismo”.
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Além disso, Ford também foi pioneiro na melhoria das condições de trabalho. Ele introduziu o salário de US$ 5 dólares por dia, em 1914, o que era dobro do valor médio que um funcionário recebia à época. Isso ajudou a reduzir a rotatividade de funcionários e também incentivou seus próprios trabalhadores a consumirem os produtos que fabricavam.
Mudança nos padrões de consumo
Com seus princípios de eficiência e produção em massa, Henry Ford ajudou a moldar a economia e os padrões de consumo do século XX. Suas ideias transformaram não apenas a maneira como o mercado produzia os bens, mas também a estrutura da sociedade de consumo moderna.
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Veja no canal Fatos Desconhecidos, do YouTube, o documentário A História de Henry Ford, o homem por trás do carro:
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Excelente coluna.