Em 22 de setembro de 1980, tropas iraquianas, lideradas pelo então presidente, Saddam Hussein, invadiram o oeste do Irã. Esse evento marcou o começo da Guerra Irã-Iraque, que durou até 1988.
O conflito surgiu por disputas políticas e territoriais entre os dois países. Os Estados Unidos, sob a presidência de Ronald Reagan, e a Arábia Saudita apoiaram o Iraque. Já o Irã contou com o apoio da Síria e da Líbia.
+ Leia mais notícias de História em Oeste
A União Soviética fornecia armas ao Iraque, mas, com o aumento do apoio norte-americano ao Iraque, passou a vender mais equipamentos militares ao Irã. Durante a década de 1980, o Iraque foi acusado de utilizar armas químicas contra as tropas iranianas, embora tenha acusado o Irã de fazer o mesmo.
O armistício foi assinado em julho de 1988, e a paz foi restabelecida em 15 de agosto do mesmo ano. Em 1990, o Iraque aceitou o acordo de Argel de 1975, que definia a fronteira com o Irã.
O conflito não resultou em ganhos territoriais significativos para nenhum dos lados, com um custo humano devastador de aproximadamente 1,5 milhão de mortos.
Entenda a Guerra Irã-Iraque
O contexto do confronto
- Causas: a guerra foi impulsionada por tensões territoriais, rivalidades étnicas e religiosas — além da ambição do líder iraquiano Saddam Hussein de expandir seu território. O Irã, depois da Revolução Islâmica de 1979, também se tornou uma potência regional.
O começo do conflito
- Ataque iraquiano: o conflito começou em 22 de setembro de 1980, quando o Iraque invadiu o Irã, visando a capturar áreas ricas em petróleo, como a Província de Khuzistão.
O desenvolvimento
- Guerra de atrito: o conflito se transformou em uma guerra de atrito, e ambas as partes sofreram pesadas perdas. A guerra foi marcada por batalhas sangrentas, uso de armas químicas e ataques a civis e a infraestruturas.
- Intervenção externa: vários países, incluindo Estados Unidos, União Soviética e países do Golfo, tiveram papéis variados no apoio ao Iraque, enquanto outros, como a Líbia, apoiaram o Irã.
As consequências
- Custo humano: estima-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas tenham morrido durante o conflito, além de milhões de feridos e deslocados.
- Impacto econômico: A guerra devastou a economia de ambos os países, o que levou a um enorme endividamento, especialmente do Iraque, que enfrentou dificuldades financeiras depois do conflito.
O fim do conflito
- Cessar-fogo: em 1988, depois de anos de impasse e com ambos os países esgotados, um cessar-fogo foi mediado pela ONU. O tratado de paz, porém, nunca foi formalmente assinado, e as tensões continuaram por muitos anos.
O legado
- Relações regionais: a guerra alterou a dinâmica política no Oriente Médio, de maneira a intensificar as rivalidades sectárias e políticas que ainda impactam a região atualmente.
- Guerra química: o uso de armas químicas pelo Iraque, especialmente contra as forças iranianas e curdas, gerou condenação internacional e levantou questões sobre direitos humanos.
