Apresentadora do Globo Esporte no Paraná, Nadja Mauad repercutiu a notícia sobre o afastamento do técnico Jürgen Klopp do Liverpool por esgotamento mental. A jornalista aproveitou o assunto para revelar que passou por situações de assédio moral dentro do ambiente de trabalho que desencadearam crises de pânico e ansiedade.
Ela afirma que teve várias crises ao longo de 2023 e demonstrou empatia diante do discurso do ex-jogador alemão. Enquanto falava sobre a saída do técnico do time, a apresentadora do Globo Esporte afirmou que esse tipo de esgotamento mental muitas vezes tem a ver com o nível de exigência dentro do ambiente de trabalho.
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“Isso mostra o nível de esgotamento, de exigência e como a gente tem que se preocupar sim com saúde mental, porque para você deixar o clube que você ama, de fazer o que você ama porque está esgotado, é muito difícil. Eu sempre destaquei muito nas redes sociais a importância de falar da saúde mental”, afirmou Nadja, que trabalha na Globo desde 2009.
A jornalista aproveitou o espaço para compartilhar a luta referente à saúde mental que enfrenta nos últimos tempos. “Eu, já há alguns anos, trato síndrome do pânico. Desenvolvi por diversas questões e você tem diversos gatilhos, e quando você vai procurar pessoas ansiosas, que tem crises de ansiedade que desencadeiam síndrome do pânico, elas têm um padrão”, explicou.
Apresentadora do Globo Esporte diz ter sido assediada durante 3 anos
“É um nível de exigência muito alto, perfeccionismo, uma autocobrança. Você sente tudo de uma maneira muito forte, ou você fica muito feliz, ou você fica muito triste, ou muito brava. São sentimentos à flor da pele”, prosseguiu a apresentadora do Globo Esporte.
A jornalista afirma que foi assediada durante três anos. “Cada um tem o seu gatilho, no meu caso, eu sofri assédio psicológico e emocional durante três anos. Foi muito difícil, eu pensei em deixar o jornalismo várias vezes. Diversas vezes eu cheguei a parar no hospital porque são os sintomas de ataque cardíaco”, relembrou.
“Você fica sem ar, teu coração acelera, você sente dor no peito e você realmente fica com aquele sentimento de morte eminente, e eu precisa ouvir que eu estava bem. Nunca falei aqui isso”, prosseguiu a apresentadora. Nadja Mauad também contou que não aceitou propostas para trabalhar na Globo do Rio de Janeiro e de São Paulo porque não tinha forças emocionalmente.
“Optei em ficar no meu ambiente mais seguro, na minha zona de conforto. E muitas vezes foi, e é a opção mais dolorosa, porque quando você diz não para ir para fora, você diz não para grandes sonhos, porque você trabalha para isso, que é cobrir grandes eventos”, declarou, entre lágrimas.
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