No mesmo período, outros países decidiram usar a tecnologia para combater a covid-19
Na China, três operadoras de celular relataram um evento raro: perderam 21 milhões de clientes entre janeiro e fevereiro de 2020. É o que informa a agência Bloomberg nesta segunda-feira, 23. Confira quantos usuários deixaram cada empresa e, portanto, a quantidade de celulares que ficaram inoperantes no território dominado pela ditadura comunista:
1- China Mobile: 8 milhões;
2- China Unicom Hong Kong Ltd.: 7,8 milhões;
3- China Telecom Corp: 5,6 milhões.
É interessante perceber que a baixa se deu quando o coronavírus atingiu o pico de contaminação no país. A notícia acende o alerta para questionamentos, como, por exemplo, o de que a China estaria escondendo o tamanho da epidemia e, em consequência, atrasado uma reação efetiva do Ocidente.
“Qual a explicação? Só os chefões do regime chinês podem dar. Seria, no mínimo, interessante saber a razão de 21,4 milhões de pessoas deixarem de ter um celular operacional no mesmo período que a epidemia de coronavírus foi tão crítica na China”, interpela no Twitter o consultor Leonardo Coutinho, especializado em geopolítica.
China rema contra a correnteza
No mesmo período, a Coreia do Sul decidiu usar a tecnologia a seu favor para combater o coronavírus. O governo incentivou empresas de telecomunicação a disparar alertas aos seus clientes com informações referentes à evolução da covid-19.
As mensagens de emergência mostram o status da infecção de acordo com o bairro de residência do cidadão. Trazem também um link onde é possível visualizar a trajetória dos novos pacientes pela cidade. Com a ajuda de dados de geolocalização dos celulares, informam por onde cada novo infectado andou, as linhas de metrô que tomou, onde almoçou e até as ruas por onde transitou.
Em Israel, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, aprovou uma medida para que a agência nacional de segurança possa rastrear os celulares da população em meio à pandemia. O intuito é encontrar dados de pacientes infectados e suspeitos que ainda não se apresentaram nos hospitais.
Sendo assim, as autoridades podem encontrá-los por geolocalização para evitar a propagação do vírus e alertar aqueles que estavam próximos dessas pessoas. O governo israelense também autorizou uma sentença de até seis meses para quem violar as ordens de isolamento do país.
É de se estranhar, portanto, a atitude da República Popular da China, comandada por um partido comunista que, em 2017, renovou por cinco anos o mandato do atual presidente, Xi Jinping, como secretário-geral da legenda de extrema esquerda, o que inclusive pode permitir que ele tenha um período no poder ainda mais longo.
A China está se tornando um perigo real para o resto do mundo. Em nome da manutenção de relações comerciais lucrativas, os países estão ignorando a crueldade da ditadura, o expansionismo chinês e suas táticas de dominação. Os chineses sabem disso e vão se aproveitar de cada fraqueza.