As mudanças do cenário corporativo fazem com que as medidas consideradas eficazes para os líderes há dois anos não sejam mais tão úteis na atualidade.
Lívia Mandelli, professora de liderança convidada da Fundação Dom Cabral, listou quatro tendências para os líderes acompanharem em 2024 em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Para a especialista, a era da liderança, onde um único estilo prevalecia, acabou. Lívia destaca que um líder deve se adaptar às necessidades emocionais de seus liderados nos dias de hoje.
Confira as quatro tendências para líderes em 2024
1. Estilo Flexível
A liderança este ano exige uma “adaptabilidade extrema” na visão de Lívia Mandelli. Para ela, os gestores devem ajustar seu estilo para atender às individualidades de cada membro da equipe, com relacionamentos baseados em empatia.
Lívia diz que a meritocracia “não é mais o único caminho”, sendo necessário uma liderança “mais consciente e adaptativa”.
“O objetivo da liderança é possibilitar o desenvolvimento e inspirar os liderados, permitindo que eles alcancem seu pleno potencial”, diz Lívia. “Para isso, um líder deve ser altamente inspirador, adaptando-se às diversas dinâmicas e personalidades dentro de sua equipe.”
2. Empatia
A professora diz que o conceito de “liderança empática” costuma ser mal-interpretado. Para ela, não é somente sobre se colocar no lugar do outro, mas sim sobre ter a habilidade de reconhecer e gerenciar emoções dos liderados — já que isso interfere no ambiente de trabalho.
3. Repensar a retenção de talentos
A especialista avalia que as empresas não devem focar apenas em reter talentos, mas estimular o desejo dos membros da equipe de continuarem na organização pelo tempo em que desejarem.
Lívia sugere programas de mentoria, aconselhamento e reformulação de processos de tomada de decisão como ações necessárias para implementar o novo método.
4. Trazer significado para os funcionários
De acordo com a professora de liderança, “ninguém mais está disposto a seguir um líder tóxico”. Lívia Mandelli explica que as pessoas têm mais disposição para seguir líderes do que organizações.
Neste sentido, os líderes precisariam incentivar seus funcionários pensando também em suas necessidades, não apenas nos objetivos da empresa.
“O papel do líder é trazer significado para as pessoas, e para isso, ele precisa ter uma visão muito clara de para onde está conduzindo seus liderados”, diz Lívia.
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