E se a China fizer o Brasil ficar dependente da CoronaVac?
A afirmação publicada nas últimas horas por veículos de comunicação como o jornal Folha de S. Paulo e os canais GloboNews e CNN Brasil, dando conta de que suposta falha do governo federal acarretou o atraso do envio pela China de insumos para a vacinação contra a covid-19, fez um especialista em política internacional questionar a situação. Por meio de um “fio” no Twitter, o jornalista e escritor Leonardo Coutinho lança a pergunta: e se o regime chinês atrasou a importação de forma proposital?
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“O caso da China e da CoronaVac se assemelha em vários aspectos ao de um traficante na porta de escola. A Sinovac usou o Butantan para testar a vacina que agora nega ao Brasil”, afirma Coutinho. “A euforia causada pelo imunizante, cuja eficiência precária é ignorada pela lógica do ‘se é isso que temos vamos com isso mesmo’, pavimentou o caminho para a China extorquir o Brasil. A diplomacia da chantagem ou finamente chamada ‘sharp power‘”, prosseguiu o escritor, em menção à vacina que teve seu uso emergencial aprovado pela Anvisa no último fim de semana.
Nesse sentido, Coutinho chama a atenção para o fato de a CoronaVac não ter, até agora, seu uso definitivo liberado na China. Para ele, há a possibilidade de o lobby em favor do projeto de imunizante contra o novo coronavírus, e subsequente decisão de não liberar os insumos, ter sido previamente planejado pelo regime do Partido Comunista Chinês (PCC). No Brasil, a autoridade máxima do PCC é o embaixador Yang Wanming — que nesta semana deve se reunir com o ainda presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“Os chineses usam a CoronaVac, que não foi aprovada nem por eles, para emparedar o Brasil e impor, mediante a força da chantagem (amplificada pelo medo da morte X a esperança da vacina), seus interesses”, prossegue Coutinho em sua análise. Por fim, o jornalista e escritor torna público o que pensa a respeito da maneira como autoridades chinesas se portam diante dos outros países. “A China é o traficante de porta de escola. Não vê crianças, mas otários”, afirma o pesquisador por meio da rede social.
#1 Eu era menino quando minha mãe me ensinou a não aceitar nada de estranhos. Traficantes sempre dão a primeira dose grátis. Viciam os incautos e depois cobram o que quer. Escravizam os dependentes. Lição clássica que que vi se materializar muitas vezes por causa da profissão… pic.twitter.com/b80MIPSAMQ
— Leonardo Coutinho (@lcoutinho) January 19, 2021
#3 A euforia causada pelo imunizante, cuja eficiência precária é ignorada pela lógica do "se é isso que temos vamos com isso mesmo", pavimentou o caminho para a #China extorquir o Brasil. A diplomacia da chantagem ou finamente chamado "sharp power".https://t.co/5RaAPFK4J6
— Leonardo Coutinho (@lcoutinho) January 19, 2021
#5 O embaixador da chinês no Brasil é um craque. Eu o considero um dos mais habilidosos operadores fora da China. Sai da toca em momentos chave. Silenciosamente, comprou meio mundo no Brasil e mais do que ninguém sabe se aproveitar das fraturas políticas.https://t.co/tya5rRdGFJ
— Leonardo Coutinho (@lcoutinho) January 19, 2021
#7 Os chineses usam a #CoronaVac, que não foi aprovada nem por eles, para emparedar o Brasil e impor, mediante a força da chantagem (amplificada pelo medo da morte X a esperança da vacina), seus interesses. A #China é o traficante de porta de escola. Não vê crianças, mas otários. pic.twitter.com/Fdk5ZnNP1I
— Leonardo Coutinho (@lcoutinho) January 19, 2021