O Museu Britânico divulgou o resultado da tradução de tábuas gravadas pelos assírios em argila há 2600 anos. Aparentemente se trata da primeira “enciclopédia médica” de todos os tempos. As tábuas estavam fragmentadas e agora puderam ser remontadas como num quebra cabeça e traduzidas. Pertenciam à biblioteca de Assurbanipal, o “rei do mundo”, que governou o Império Nea Assírio entre 669 e 631 aC.
Segundo o jornal The Times, a tradução das tábuas, escritas na linguagem acadiana, podem ter trechos escritos em código para proteger o conhecimento médico. Por isso parecem repugnantes para a sensibilidade de hoje. Por outro lado, as tábuas mostram que a cura na época dos assírios não se baseava em “mágica”. Segundo o professor Mark Geller, do University College London, “o que nós temos são na verdade um monte de receitas médicas e remédios. É medicina de verdade”.
Receitas assírias
Os tratamentos prescritos nas tábuas cobrem literalmente da cabeça aos pés. Alguns exemplos listados pelo The Times:
Calvície – enfaixar a cabeça com agrião pulverizado por três dias. No quarto dia, raspar o cabelo. Lavar com álcali e ungir repetidamente com óleo. Prosseguir com mais três dias de unção com cetro amassado e óleo de cipreste.
Olhos – alguém cujos olhos estão “cheios de icterícia” pode ser curado socando-se a casca da romã e soprando-a nos olhos.
Dor de dente – faça gomas de argila, introduza os grãos de acordo com os dentes, insira o trigo preto no lugar do dente doente, encha-o com óleo de gergelim, sopre no meio das gengivas e recite o encantamento três vezes. Em seguida, coloque as gomas no buraco, voltado para o oeste e feche o buraco com argila e joio…
Dor de estômago – abaixe a cabeça, levante os pés, bata em sua bochecha e esfregue-o nesse estado de fraqueza, dizendo: “faz bem para a barriga”. Em seguida, com o polegar esquerdo, toque suas nádegas 14 vezes, sua cabeça 14 vezes e o solo.
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Eles não tinham entendido ainda que é dos carecas que elas gostam mais.