Àqueles que sofrem de claustrofobia, a ideia de passar um mês debaixo d’água pode ser apavorante. No entanto, ela pode se tornar uma realidade em apenas três anos — isso se um novo projeto desenvolvido por cientistas britânicos servir de referência para a exploração do fundo do mar.
Pesquisadores do DEEP Research Labs, empresa de tecnologia especializada em exploração oceânica, divulgaram planos para a construção de uma base a cerca de 200 metros abaixo da superfície na costa do País de Gales — Reino Unido —, onde os exploradores poderiam viver por até 28 dias.
Zona de luz solar
A base científica, que recebeu o nome de Sentinel, poderia proporcionar aos pesquisadores acesso amplo à zona epipelágica, região na qual se acredita estar 90% da vida marinha. Em comunicado à imprensa, o laboratório disse: “Ser capaz de explorar de forma abrangente toda a extensão desta parte do oceano, em vez de apenas realizar incursões a partir da superfície, representará uma mudança radical na forma como os cientistas podem observar, monitorar e compreender os oceanos”.
A zona epipelágica é também conhecida como zona de luz solar e se estende desde a superfície até cerca de 200 metros. “Com essa luz solar vem o calor, que é responsável por grandes variações de temperatura nessa zona; tanto com estações quanto com as latitudes”, disse ainda o DEEP.
Exploração mais eficiente
Embora os cientistas possar explorar essa zona em submersíveis, os veículos só podem permanecer submersos durante algumas horas seguidas. Assim, a fim de dar aos pesquisadores um acesso mais amplo à zona de luz solar, o DEEP propõe a construção de uma base permanente ao largo da costa oeste do Reino Unido.
Os cientistas viverão em quartos privados, que contarão com uma cama de solteiro com armazenamento embutido e uma pequena mesa lateral. Os banheiros terão chuveiro bastante espaçoso, ao lado de um vaso sanitário e pia. A cozinha conta com mesa de jantar, cozinha simples e grandes janelas com vista para o fundo do mar.