A Coreia do Norte enviou 330 balões com lixo para a Coreia do Sul, na noite do último sábado, 8. O Estado-Maior Conjunto de Seul (JCS) confirmou neste domingo, 9, a queda de 80 desses objetos no país.
A atitude faz parte de uma série de provocações da ditadura norte-coreana, que começou em 28 de maio. Pyongyang confirmou que 3,5 mil pacotes flutuantes com 15 toneladas de lixo foram enviados para o país vizinho. O anúncio foi feito pela mídia estatal KCNA.
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Em resposta a um desses ataques, Seul enviou pacotes com pendrives carregados com músicas e séries sul-coreanas.
A retaliação à Coreia do Norte
O JCS afirmou que resíduos de papel e plástico foram encontrados nos balões e que não havia substâncias prejudiciais à segurança pública.
No domingo, o Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul se reuniu para elaborar uma retaliação à recente provocação.
O gabinete presidencial do Sul afirmou que retomará a transmissão de mensagens com propagandas na fronteira. A manifestação será feita por meio de alto-falantes.
Militares do Seul já realizaram esse tipo de atividade em 2018, como estratégia de guerra psicológica com o país vizinho. A ação, no entanto, foi desmantelada com a realização de uma cúpula entre os Estados.
Histórico de conflito
O conflito entre Seul e Pyongyang ocorre desde o fim da Guerra das Coreias, em 1953. Mesmo com o término oficial do confronto, as provocações com balões continuam fazendo parte do atrito entre as nações.
Dentre os grupos que lutam pela liberdade da população do totalitarismo norte-coreano destacam-se os Combatentes por uma Coreia do Norte Livre. O movimento enviou para o outro lado da fronteira pacotes flutuantes com “conteúdo proibido”, como:
- alimentos;
- medicamentos;
- rádios;
- folhetos de propaganda; e
- notícias da Coreia do Sul.
A ação gerou revolta no governo da Coreia Norte, que logo respondeu à provocação com o envio de balões de lixo a partir de 28 de maio. O ditador do país, Kim Jon-un, afirmou que a ação é “estritamente um ato de resposta”. O Sul, no entanto, considera o ato como “sujeira”.
Pyigyang envia lixo, e Seul, pendrives com músicas e filmes. Normal: cada um envia o que seu povo mais tem!