Ditador da Nicarágua chama embaixadores de Argentina, México, Colômbia e Costa Rica

O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, chamou para consultas embaixadores em quatro países, o que pode ser um sinal do risco de rompimento diplomático iminente. O anúncio foi feito na segunda-feira 9 pela vice-presidente e primeira-dama do país, Rosario Murillo.

Os embaixadores da Nicarágua que terão de retornar ao país são os que atuam na Argentina, na Colômbia, no México e na Costa Rica. De acordo com o regime, a decisão é uma resposta a “chamados similares dos governos citados”.

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Os governos de Argentina e México retiraram seus embaixadores de Manágua, a capital da Nicarágua, em junho. Semanas depois, Costa Rica e Colômbia, por sua vez, suspenderam as nomeações para as representações diplomáticas no país.

Ainda segundo a primeira-dama da Nicarágua, o governo local não aceitará “os constantes e indevidos apontamentos desrespeitosos, intrometidos e intervencionistas em nossos assuntos internos, por parte das máximas autoridades de cada um desses países”.

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A ditadura da Nicarágua vem sendo duramente criticada pela comunidade internacional em função da série de prisões de ativistas, lideranças da oposição e pré-candidatos à presidência do país. Na semana passada, como Oeste noticiou, a mais nova vítima do arbítrio foi a modelo Berenice Quezada, de 27 anos, que venceu o concurso de miss Nacarágua em 2017 e se apresentava como pré-candidata à vice-presidência.

Ortega governa o país desde 2007. Em novembro, estão marcadas novas eleições presidenciais, mas ainda não se sabe se o ditador disputará um novo mandato — em seu governo, foi aprovada a possibilidade de reeleição indefinida, sem limites. Caso ele não concorra, quem deve disputar é justamente sua mulher, Rosario.

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